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Apple perde posto de empresa mais valiosa do mundo
26/01/2013 | 08:00
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Depois de sustentar o título de companhia mais valiosa do mundo por um ano, a Apple perdeu ontem a liderança para a petroleira Exxon Mobil. As ações da empresa fundada por Steve Jobs, que chegaram à casa dos US$ 700 em setembro, encerraram o dia cotadas a US$ 439,88, em queda de 2,36%. Isso deu à companhia o valor de mercado de US$ 413,04 bilhões, ante os US$ 418,23 bilhões da Exxon.

A primeira vez que a Apple tornou-se mais valiosa que a Exxon foi em agosto de 2011, tirando da petroleira um título ostentado desde 2005. As duas companhias se alternaram nessa posição até janeiro de 2012, quando a Apple tomou para si o primeiro lugar.

Durante praticamente todo o ano passado, o valor de mercado da dona do iPhone esteve distante do da Exxon, segundo dados da Economática. A diferença entre elas chegou a passar dos US$ 200 bilhões em setembro de 2012, quando as encomendas do iPhone 5 entusiasmaram o mercado. Era um indício de que as vendas seriam altas.

De fato, as vendas totais tiveram um acréscimo. No trimestre encerrado em dezembro, a empresa vendeu 47,8 milhões de iPhones, 29% mais que a quantidade registrada no mesmo período do ano anterior. Os analistas, porém, previam 50 milhões de unidades - um dos fatores que desanimaram os investidores.

Agora, a principal discussão em torno da Apple se relaciona à inovação. Em vez de lançar um produto totalmente diferente dos anteriores, o que a empresa faz desde 2010 é lançar versões aprimoradas de seus aparelhos. O iPhone ficou mais leve, mais fino e mais rápido. O iPad encolheu e virou iPad Mini. O iPod ganhou novas cores. Mas nenhuma nova categoria apareceu.

Numa paródia feita na época da apresentação do iPhone 5, um famoso site de humor americano simulou, em vídeo, um lançamento da Apple em que, na verdade, nada era anunciado. "Nós somos a companhia mais lucrativa e bem-sucedida do mundo. É por isso que hoje vamos lançar uma coisa ainda mais extraordinária: nada", dizia o ator, no papel de Tim Cook, o presidente da Apple.

Somado à competição acirrada no setor de smartphones, liderado hoje pela Samsung, a visão de que a Apple não está conseguindo inovar aumenta a preocupação de quem tem ações da empresa e intriga os que tentam refletir sobre a trajetória das ações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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