Política Titulo Mudança
Russomanno vê troca de Dilma por Lula

Postulante a deputado federal diz que mudança será feita caso presidente fique estagnada

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
29/08/2014 | 07:29
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Claudinei Plaza/DGABC


Candidato a uma vaga na Câmara Federal pelo PRB, o ex-deputado Celso Russomanno acredita em possível troca na cabeça de chapa presidencial, hoje liderada por Dilma Rousseff (PT), pelo ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. A mudança, segundo o líder republicano, tende a ser efetivada caso a chefe da Nação, que disputa a reeleição, apareça estagnada nas pesquisas de intenção de voto. “Não estranha nada se ela (Dilma) despencar (nos índices) e o PT alterar o nome. Acho bastante possível”, frisa.

Russomanno fez a declaração em visita ontem à sede do Diário, considerando que Lula entraria em campo na tentativa de evitar derrota petista. Para o ex-deputado, o cenário se desenha dessa forma diante do crescimento da candidatura de Marina Silva (PSB), segunda colocada nas sondagens. “(PT) Têm mais tempo de TV e vão mostrar o que fizeram em 12 anos (na Presidência). Estão monitorando diariamente os números. Se não surtir efeito, trocam.”

Com a comoção da morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e o recall eleitoral de Marina no pleito de 2010, a ex-senadora ameaça o projeto do PT de renovar o mandato. Pesquisa Ibope, publicada na terça-feira, aponta a socialista com 29% em curva ascendente, enquanto Dilma encontra-se num patamar de 34%. A petista perderia a concorrência em eventual segundo turno.

“Se a avaliação de Lula estiver melhor (que a da presidente) a poucos dias da eleição alguém acha que o PT abre mão (do governo federal) para manter candidatura que não aumenta desempenho?”, questionou Russomanno. “A legislação eleitoral permite”, completou. O artigo 13 da Lei das Eleições diz que o partido ou coligação pode substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro.

POSIÇÃO
Em São Paulo, o republicano faz parte da coligação do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Russomanno avaliou que o tucano está em posição confortável na disputa. “Ele é muito forte, principalmente no interior do Estado”. Por outro lado, o ex-prefeiturável da Capital considera que o postulante do PMDB, Paulo Skaf, tem sido infeliz em campanha ofensiva. “Queimou a largada.”

A dois anos da eleição municipal, o republicano antecipou que será candidato novamente à prefeitura de São Paulo em 2016. Segundo ele, a intenção tem sido transparente na campanha atual. “Ainda é meta (ser prefeito). Não escondo e não vou fazer proselitismo, tenho falado isso abertamente nas ruas. Proposta é trabalhar muito com projetos nos dois anos de Congresso, pois conheço o funcionamento (16 anos de mandato).” 




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