Com data base em 1º de março, os frentistas do Estado de São Paulo deram o pontapé inicial na campanha salarial deste ano.

A categoria é formada por 100 mil funcionários no Estado. Desse total, 20 mil atuam na Capital, cerca de 3.000 no Grande ABC e o restante nas demais cidades da Região Metropolitana, Baixada Santista e Interior.

A pauta de reivindicação (já aprovada pela classe trabalhista em dezembro) é composta pelas cláusulas que pedem aumento de 4%, mais a reposição da inflação sobre os salários; adicional noturno de 50%; pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) - benefício esse que ainda não foi conquistado; tíquete refeição de R$ 18 por dia; proibição da terceirização; cesta de Natal; cesta básica e convênio médico para os trabalhadores e seus dependentes.

Hoje, o salário inicial de um frentista paulista é de R$ 1.027, já somados os 30% de periculosidade sobre o salário base. Vale lembrar que esse cálculo é feito para as atividades de risco, que envolvem inflamáveis, explosivos, eletricidade ou radiações.

"Em 2012 houve um grande aumento na frota de automóveis circulando nas ruas. O setor foi estimulado pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) feita pelo governo federal. O resultado foi um crescimento significativo do número de carros que abastecem com álcool ou gasolina. Garanto que os postos de combustível lucraram muito. Nada mais justo do que dividir um pouco dos ganhos com seus colaboradores", diz o secretário-geral do Sindicato dos Frentistas de São Paulo, Vanderlei Roberto dos Santos.

A previsão é a de que as rodadas de negociação entre trabalhadores e empresários tenham início após o dia 20. "Como a data base da categoria é em março, precisamos negociar e firmar acordo até o fim do mês que vem. Pelo menos é a nossa expectativa", sinaliza Santos.