Cultura & Lazer Titulo Música
Gabriel O Pensador ressurge na música
Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
08/01/2013 | 07:00
Compartilhar notícia
Divulgação


A voz que costuma cantar verdades da vida andou um pouco esquecida no cenário musical, mas ainda está ‘viva e operando'. O compositor Gabriel o Pensador ressurge após ficar sete anos sem lançar disco de inéditas e retoma as rédeas da carreira. Agora, após três anos trabalhando no disco, tira do forno Sem Crise R$ 24,90 em média), independente e oitavo título de sua discografia.

A demora por um novo disco não foi sem razão, mas por conta de diversos outros compromissos. "Tem um pouco a ver com meu envolvimento com outros projetos, como o futebol, e aos meus trabalhos ligados a isso. Criei o Pensador Futebol para descobrir novos talentos por aí e ajudar crianças carentes. Mas a minha separação, de uma forma indireta, foi também um dos motivos pelos quais eu acabei me afastando da música", conta o músico.

Recheado por 15 faixas, todas autorais, à exceção de Solitário Surfista, de Jorge Ben Jor, o álbum chega às prateleiras com participações especiais de peso. Hip hop com acordeão, a faixa Foi Não Foi traz Carlinhos Brown, que também assina a canção. O mineiro Rogério Flausino, cantor do Jota Quest, também lista entre os presentes e divide o microfone com Gabriel em Brilho Cego. Nando Reis, Jorge Ben Jor, Afroreggae e ConeCrewDiretoria também ajudam a ilustrar a obra.

"Cada um tem uma história. Um amigo me passou a música sobre surfe que o Jorge Ben estava fazendo e aí surgiu a parceria. Costumo dizer que o Rogério Flausino é a cara do disco. ConeCrew foi de última hora, por causa de um evento de batalha de rap com novos talentos, chamado Rimadores Anônimos. O free style dos caras é incrível. Nando Reis é um cara que eu sempre admirei por diversos motivos e o Brown é meu parceiro há tempos", conta.

Entre faixas de receita um pouco mais pop - como Pimenta e Sal - vários elementos eletrônicos e hip hop, Gabriel canta sua história, caso de Linhas Tortas. Ele fala da origem, menciona o pai, a mãe, o avô, fala de seu retorno ao estúdio e até das primeiras redações que escreveu na escola.

O cantor aproveita para falar também da polícia, maconha, desvio de dinheiro e de políticos em Nunca Serão, faixa que ganhou videoclipe: "Os velhos nas portas dos hospitais/As crianças mendigando nos sinais/ Pra eles nós somos todos iguais/ Operários, empresários e presidiários e policiais/Nós somos os otários ideais/Enquanto a gente sua e morre/ Só os bandidos de gravata seguem faturando e descansando em paz..."

"O Brasil tem um excesso de paciência com os políticos. Acho que esse é o gancho do ciclo vicioso. É o que eu falo nessa música. Fico feliz que tudo tenha acontecido em relação ao Mensalão, por exemplo, mas demora muito esse processo", afirma Gabriel.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;