Cultura & Lazer Titulo Especial
Conhecimento na
arte da xilogravura

Jerônimo Soares ministra workshop na
quinta-feira em centro cultural de Diadema

Vinícius Castelli
12/08/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Trabalho precioso e minucioso, a xilogravura é a arte que Jerônimo Soares desenvolve há cerca de 58 anos. Paraibano da cidade de Esperança, o artista radicado em Diadema há mais de três décadas tem encontro marcado com aqueles que quiserem aprender um pouco de seu trabalho.

Ele ministrará workshop gratuito na quinta-feira, no Centro Cultural Wladimir Herzog (Rua Eduardo de Matos, 159. Tel.: 4091-2299), em Diadema, em dois horários: às 10h e às 14h. Turma com até 25 alunos. Podem participar pessoas a partir de 7 anos. As inscrições, gratuitas, devem ser feitas no local.

Dono de xilogravuras que retratam o imaginário e o cotidiano nordestino, Jerônimo se envolveu com a arte dos entalhes na madeira aos 12 anos, dom que herdou de seu pai, seu grande incentivador. “Estou nessa há 58 anos. Depois que comecei não parei mais”, diz o artista de 78 e que já teve trabalhos expostos em países como Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Canadá.

“As pessoas vão aprender a costurar a madeira, passar a tinta e tirar cópias”, explica ele, que, em 1978, desenvolveu método próprio de trabalho. É uma agulha especial, feita de aço. Ele conta que essa ferramenta lhe ajuda muito no fato de poder escolher entre os diferentes tons possíveis e necessários para moldar os quadros.

“Fico muito contente de poder ensinar isso às pessoas. Me dá muita satisfação. Já fiz muita oficina e é difícil eu ir em algum lugar e as pessoas não gostarem”, brinca ele. Os participantes poderão fazer xilogravuras de qualquer tipo de desenho. “Eu vou explicando passo a passo. Falo das tonalidades, das agulhas. Leva mais ou menos umas duas horas e meia para ficar pronto o primeiro trabalho.”

Para quem quiser mergulhar em parte do legado de Jerônimo e ver de perto detalhes de seus trabalhos, o Museu de Arte Popular de Diadema conta com várias obras do artista no acervo. O MAP (Rua Graciosa, 300. Tel.: 4051-5408) abre as portas de terça a sexta das 10h às 19h, e aos sábados, das 13h às 18h. A entrada é grátis. 




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