Ao 16 anos, dançarino local faz espetáculo para levantar fundos para estadia no Exterior
De férias de seus estudos no The Harid Conservatory, localizado em Boca Raton, no estado da Flórida, nos Estados Unidos, o bailarino Humberto Ramazzina dos Reis, de São Bernardo, está de volta ao Brasil. Em seu retorno ao Grande ABC, ele leva seu talento hoje à tarde, às 16h, ao Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano, com o espetáculo Humberto Ramazzina e Convidados.
O objetivo do evento é angariar fundos para que Ramazzina possa continuar se mantendo no Exterior. Ele tem hoje bolsa de 65% para seguir ampliando suas habilidades na conceituada escola norte-americana, mas recursos para gastos eventuais são bem-vindos. “Não me importo com quanto vou arrecadar. Pode ser R$ 100 ou R$ 2.000. Qualquer quantia ajuda já que vai ser usada só quando for mais necessário”, conta.
Os ingressos custam de R$ 15 a R$ 30 e podem ser adquiridos na bilheteria do local (aberta a partir das 10h) e por meio do e-mail andreiaramazzina@hotmail.com.
Ramazzina treina balé desde os 7 anos de idade. Em seu histórico, estão passagens por diversas escolas de dança de São Paulo e da região. A Kleine Szene, de Santo André, onde ele tem ensaiado para a performance deste fim de semana, é citada com carinho e, segundo ele, lhe abriu muitas portas dentro do universo da dança. “Tudo aconteceu rápido demais. Se você pensar onde eu estava e onde estou hoje... É uma aventura muito grande”.
Após experiências em solo nacional, com diversas apresentações e prêmios ganhos, o rapaz de 16 anos recebeu a chance de estudar durante três anos em uma das escolas de referência no balé mundial. Os responsáveis pelo The Harid Conservatory se impressionaram com o estilo do adolescente por meio de uma vídeo aula especial que enviou há alguns meses para ser aceito. Os seis meses no local e o bom trabalho apresentado lhe renderam convite para permanecer por outro período expandido. Seu objetivo é permanecer até 2017, quando fecha seu ciclo.
O jovem vive intensamente sua estadia no conservatório internacional, onde está desde janeiro. No local, o são-bernardense estuda balé, faz aulas regulares do ensino médio e ainda conta com alojamento. “Estou muito encantado. Em seis meses lá, já vi que é outro mundo. O que eles fazem é simplesmente te dar o básico, mas de uma maneira que já é suficiente para que você evolua muito.”
A única dificuldade do bailarino em terras estrangeiras tem sido o idioma, o qual ele revela ainda não ter muita fluência. “Nunca fui bom de inglês, então foi um pouco dificultoso no começo. Sei só o básico e isso tem sido suficiente para que eu nunca passe grande aperto”, diz o artista. Ele retorna para os Estados Unidos no dia 22.
REPERTÓRIO
O espetáculo especial de hoje é baseado no balé clássico e Ramazzina dividirá o palco com a amiga Marina Pena. Os dois irão fazer uma performance do Grand Pas De Deux, número que acontece dentro do balé Dom Quixote. “A história é a mesma da famosa coreografia, mas será contada de uma maneira bem diferente”, explica. “E já que é uma apresentação curta, de menos de quinze minutos, pegamos somente uma parte mesmo”.
O restante da noite será composto por performance solo do organizador e apresentações de grupos de dança das escolas por onde passou. “Minha mãe que teve a ideia desse espetáculo. Ela correu atrás dos meios de viabilizar isso tudo e tentou um teatro em São Bernardo, onde passei muito tempo, mas ele não foi cedido. São Caetano abriu as portas para a gente de maneira um tanto quanto inesperada. A cidade em que menos achei que ia dar certo, deu”, comenta.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.