Um andreense fala de outro andreense. O personagem é Maneco Simões; o apresentador, Antonio Carlos Rizzo. Amigos da juventude e do basquete. Simões correu o mundo; Rizzo permanece na cidade. Um livro – belíssimo, por sinal! – promoveu o reencontro. E é este livro que inspira Antonio Carlos Rizzo a nos revelar quem é o mestre Maneco Simões.

Pioneirismo no rádio

Texto: Antonio Carlos Rizzo

Maneco Simões nasceu em Santo André em 14-8-1933. Na época da sua infância e juventude eram muito difíceis os anos que antecederam e sucederam o período da Segunda Guerra Mundial.

Para a família do patriarca Manoel Simões não foi diferente. Por isso, nosso Manoel Simões Filho, o Maneco do basquetebol, começou a ajudar o pai no comércio de frutas e, nas horas livres, passou a trabalhar na venda de balas no antigo Cine Carlos Gomes.

Da venda de frutas, anunciada por meio de uma corneta de gramofone, a família Simões passou a utilizar um amplificador instalado em seu caminhão. Nasceu aí o Serviço de Alto-Falantes Tupi, que mais tarde foi destinado à publicidade de empresas locais. Eventualmente, os alto-falantes estiveram a serviço de comícios políticos ou retransmitiam, em praça pública, jogos da Copa do Mundo, pois ainda não havia transmissão direta via TV.

Aos 15 anos, Maneco passou a praticar basquete no Clube Atlético Rhodia, sob orientação do técnico Nigro. Chegou à seleção da cidade e participou dos Jogos Abertos do Interior, realizados nas cidades de Ribeirão Preto, Jundiaí e Sorocaba.

Em 1954 despediu-se do basquete para retomar seus estudos e dar novos rumos à vida. Mais tarde foi estudar em seminário em Campinas. Ali voltou a jogar basquete pela equipe da escola. Convocado, defendeu Campinas nos Jogos Abertos de 1958.

Já ordenado pastor, foi trabalhar na primeira rádio evangélica do Brasil, a PRA-7, Rádio Clube de Ribeirão Preto, na função de gerência e também como locutor, graças a sua experiência no Serviço de Alto-Falantes Tupi.

Em 1981 foi convidado para dublar grandes pregadores focalizados por programa evangélico transmitido pela TV Record. Por isso, Maneco, sua esposa Priscila e os filhos Mario e Paulo mudaram-se para os EUA – ali permaneceram por 10 anos.

Em 1993 a volta ao Brasil e a Campinas, onde residem e continuam o trabalho de evangelização. Neco e Priscila seguem vendendo. Vendendo ideias e sonhos que ajudam a melhorar a realidade da vida familiar daqueles que com eles têm contato.

O MENINO VENDEDOR

Autores: Neco e Priscila Simões

Editora: Gênesis Publicação, Limeira (SP)

Em 23 de julho de...

1924 – Revolução em São Paulo. Manchete do Estadão: combates intermitentes em toda linha; o tráfego nas estradas de ferro; a situação no interior; o socorro às populações necessitadas.

– Quase três semanas já passaram em que a capital de São Paulo assiste ao desenrolar da revolução.

– Estadão mantém uma coluna de informações para os leitores que as solicitam. Caso de Affonso Salvador Rocco. Ele buscava notícias de seu sobrinho, Dr. Salvador Rocco e família, que até o dia 5 de julho residiam na Estação de São Caetano.

– A prefeitura, em dificuldade para remover os mortos que se achavam nas zonas de combate, pedia ao público para notificá-la, por escrito, sobre os lugares em que se encontravam cadáveres, para facilitar o serviço de remoção.

1969 – Os três astronautas que pisaram na Lua retornam e, com tranquilidade, chegam ao Pacífico.

1974 – Meningite impede reinício das aulas em todo o Estado. São Bernardo instala, em Nova Petrópolis, posto específico para o tratamento da doença.

Santos do dia

- Apolinário. O nome, o culto, e a glória de Santo Apolinário, que foi o primeiro bispo de Ravena, são legados que recebemos da história, e também da arte de Ravena, a capital do Império Bizantino no Ocidente, no período de meados do século 1 e século 2. Apolinário morreu como mártir da fé no dia 23 de julho.

- Brígida

- Erondina

- João Cassiano

- Rômula

- Antonio Turriani

Da obra de Mário Mastrotti, no Diário,

Cubinho em: LIVRE PENSAR.

O ANO: 1978.

Visite exposição na Biblioteca Central

da Umesp até 31 de julho;

blog do cubinho: http://personagemcubinho.blogspot.com

Diário há 30 anos

Domingo, 22 de julho de 1984 – ano 27, nº 5577

Grande ABC – Oleoduto mais antigo do País atravessa a região. Encontra-se em operação desde a década de 1950, em trecho de 50 quilômetros, interligando Santos a Utinga, em Santo André, e movimentando produtos combustíveis nos dois sentidos, o que causa preocupação aos vizinhos.

Tributos Domésticos (final, por Elianete Simões) – O povo protesta. E se mobiliza contra os aumentos dos tributos.

Ciência e Tecnologia (Diógenes Silva) – Há 15 anos o homem conquistava a Lua.

Santo André – Prefeitura quer levantamento de uso de solo em Paranapiacaba.

Via Anchieta – Sobe o pedágio. Onde estão as obras?

Hoje

Dia do Guarda Rodoviário.

Falecimentos:

Maria Antonia Olga Lazzuri

(São Bernardo 20-6-1918 – Santo André 21-6-2014)

Olga Lazzuri era a mais antiga comerciante da Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo, praticamente ao lado da Basílica da Boa Viagem. O seu Bazar Olga fez história – e ela também.

Antes de ingressar no ramo comercial, foi tecelã. E participou de episódio muito comentado, ao lado de outras colegas, ao acionar o patrão pela diminuição do salário. Elas foram traídas pelo advogado que deveria defendê-las.

O advogado tirou uma foto das reclamantes, ao seu lado, e entregou o documento à fábrica. A foto está no nosso livro sobre o movimento sindical em São Bernardo.

Depoimento de Neusa Borges, uma das freguesas de dona Olga: “Durante décadas a simpática dona Olga atuou atrás do balcão da loja que foi, durante muito tempo, um dos poucos lugares na Marechal onde se encontravam aviamentos, belas bijuterias, lenços, enfim, todas aquelas coisinhas que fazem a alegria da mulherada. Vai deixar saudade na legião de assíduas freguesas que conquistou com sua doçura e carisma.”

Dona Olga era filha de Lazzuri Paulo e Anna Lazzuri, naturais da Itália. Foi sepultada ontem no Cemitério de Vila Euclides.