Política Titulo Naufrágio
Ex-vice-prefeitos caem no ostracismo após eleição
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/11/2012 | 07:04
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A máxima de que uma eleição é completamente diferente da outra e que o cenário desfavorável afeta diretamente nas urnas cabem bem para retratar o naufrágio eleitoral dos ex-vice-prefeitos Joel Fonseca (PT), em Diadema, Leni Walendy (PSB), em Mauá, e José Roberto de Melo (PRB), em São Bernardo. Por influência do desgaste político após saírem do Paço, o trio obteve resultado pífio ao pleitear uma vaga na Câmara, em outubro.

Joel Fonseca angariou 1.622 votos (0,69%). Número dois por dois mandatos no governo José de Filippi Júnior (PT), ele ficou na 37ª colocação no páreo proporcional. Entre os correligionários, o ex-vice-prefeito ocupou o 11º posto, o que demonstra que o histórico petista também saiu prejudicado no processo por não compor a lista de favoritos do grupo governista, que apostou em Ronaldo Lacerda, Josemundo Dario Queiroz, o Josa, e Lilian Cabrera.

A experiência no Executivo não lhe rendeu frutos na disputa por espaço em legislativo. O perfil discreto gerou derrota para a Câmara, em 2008 - ficou como segundo suplente, com 2.914 sufrágios. Em 2010, o petista também teve insucesso no projeto de deputado estadual, conquistando 5.442 votos.

O sindicalista vem perdendo força desde 1996, quando enfrentou, sem êxito, a prévia interna com José Augusto da Silva Ramos, hoje no PSDB e vereador eleito. Outro fator que complicou a base eleitoral se deu com o atrito frente a outras entidades sindicais. Além disso, no cargo de assessor de Relações Internacionais de Diadema pouco atuou politicamente.

José Roberto de Melo, por sua vez, amealhou 1.144 votos (0,28%) na corrida eleitoral. Ex-vice na administração William Dib (PSDB, deputado federal), ele alcançou a 86ª posição no ranking. O PRB fez aliança proporcional ao lado do PCdoB, que conquistou duas cadeiras no Legislativo, com os ex-vereadores Martins Martins e José Walter Tavares. Ex-tucano, Melo estava na coligação do petista Luiz Marinho.

O resultado declinou, inclusive, da eleição de 2008, quando, pelo PTB, garantiu 1.642 sufrágios. Entre as causas da baixa estão atreladas as mudanças de legenda que o deixaram sem identidade partidária. Com a escolha de Melo "por agregar mais valor", em 2004, Dib, à época no PSB, preteriu da vaga de vice, na oportunidade, cinco renomados tucanos: Hiroyuki Minami, Laurentino Hilário, Admir Ferro, Osmar Mendonça e Carlos Maciel.

Já Leni Walendy era vice de Leonel Damo (hoje no PMDB e, à época, no PV) e teve 237 votos (0,11%). Ela ocupou a 175ª posição na eleição, bem abaixo do esperado, e sofreu com a campanha do PSB, que fez apenas o vereador Ivan, perdendo representatividade na Casa.

A socialista também contém prejuízo pela perda de espaço da família e troca-troca de sigla. Ao lado de Damo, Leni integrava as fileiras tucanas e passou pelo PSDC. É mulher do ex-vereador Sérgio Walendy, que conquistou 636 sufrágios no pleito de 2008, e foi secretária de Educação na gestão do prefeito José Carlos Grecco (1993 a 1996). No pleito passado, não seguiu Chiquinho do Zaíra.

 

 




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