Setecidades Titulo Saúde
Consórcio quer
comprar hospital

Deputado Vicentinho se comprometeu a estudar
repasse dos R$ 40 milhões por meio de emenda

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
15/07/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Celso Luiz/DGABC


O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC dialoga com deputados federais sobre a possibilidade de receber emenda de bancada parlamentar para viabilizar a transformação do Hospital São Caetano, no Centro da cidade, em unidade de retaguarda da região. A alternativa foi cogitada diante da impossibilidade financeira apresentada pelo prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) para a desapropriação, reforma e compra de equipamentos para o espaço, o que demandaria investimento de R$ 40 milhões.

O assunto ainda deve ser estudado juridicamente, tendo em vista que trata-se de um prédio pertencente à iniciativa privada, explica o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). “Está tramitando processo de falência. Ele (prédio) precisa ser adquirido, mas se for possível juridicamente o repasse do recurso, acredito que há possibilidade de fazer essa triangulação. Se não houver, vamos estudar outras alternativas”, afirma.

O deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-São Bernardo), comprometeu-se a levar a discussão à Câmara, onde precisa de pelo menos outras quatro assinaturas para viabilizar a emenda de bancada, que só deverá ser disponibilizada para o Orçamento de 2015. Segundo ele, a necessidade de cinco chancelas representa regra interna dos deputados paulistas.

Além dos outros três deputados federais da região – Helcio Silva (PT-Mauá), Vanderlei Siraque (PT-Santo André) e William Dib (PSDB-São Bernardo) –, Vicente Cândido (PT-SP), Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) deverão ser procurados para discutir o tema. “Vamos verificar se haverá problemas porque se trata de aquisição, e não de construção. O Consórcio não pode discutir projetos privados. Estou interpretando que é um bem público e para o público”, destaca Vicentinho.

O pleito pela construção de hospital de retaguarda com 200 leitos destinados a pacientes crônicos em longo período de internação foi apresentado ao Estado no início de 2013. De acordo com Marinho, o equipamento solucionaria carência na rede pública de Saúde das sete cidades. “Hoje estamos usando leitos de longa permanência nos demais hospitais da região. O ideal é que unidade com centro cirúrgico tenha perfil de internações de curta duração, para ter eficiência”, esclarece.

Uma das hipóteses aventada pelo ex-secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri, em maio de 2013, foi a construção de hospital de retaguarda em Cotia. “O atual secretário (David Uip) já cogita a construção na região, o que é melhor. Se a gente tiver que levar pacientes para fora do Grande ABC, evidentemente isso agrega custos”, reforça.

Prefeitos pedem reunião com David Uip e Chioro

O Consórcio também definiu pedido de agendamento de reunião entre os prefeitos com o secretário estadual da Saúde, David Uip, e o ministro da Saúde, Arthur Chioro. A pauta será o encaminhamento de demandas tidas como prioridade no PPA (Plano Plurianual) regional para a área.

O coordenador do GT (Grupo de Trabalho) Saúde da entidade e secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, destaca que alguns temas já foram pactuados com o Estado, como a construção de CRI (Centro de Referência do Idoso) em Santo André e de unidades da Rede Lucy Montoro em Santo André e Diadema. Outro assunto que deverá ser tratado é a viabilidade de dobrar o repasse mensal enviado pelo Estado aos AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) de Santo André e Mauá, de R$ 900 mil e R$ 700 mil, respectivamente, segundo Homero. “Os AMEs operam com 50% de sua capacidade”, diz. Os projetos do governo federal não foram detalhados.

A Secretaria Estadual da Saúde destacou aumento do custeio dos AMEs entre 2013 e 2014, passando de R$ 11,8 milhões para R$ 13,7 milhões em Santo André e de R$ 6,9 milhões para R$ 9 milhões em Mauá.

Além disso, o Estado afirmou que o projeto de implantação da unidade Lucy Montoro em Diadema está em construção dentro do Quarteirão da Saúde, com investimento de R$ 5,9 milhões. Já a unidade de Santo André está em fase de definição de projeto e ficará ao lado do Hospital Mário Covas, ao custo de R$ 8 milhões.

O projeto para implantação do CRI (Centro de Referência do Isoso) em Santo André – no valor de R$ 4 milhões – está sendo desenvolvido. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;