O clima entre brasileiros e argentinos começou a ficar mais tenso antes do fim da partida, com direito a agressões e empurrões. Quando o jogo acabou, embora o ambiente tenha ganhado ares menos hostis, ainda foram vistas trocas de farpas nas rampas do estádio. 

Alguns torcedores mais exaltados deram trabalho para a turma do deixa disso. Os gritos de “7 a 1”, provocações à vergonhosa derrota brasileira para os alemães, foram respondidos com o coro de “vice-campeão”. E o que se viu foi série de bate-bocas, com ofensas de todas as partes.

Galo Rodrigues, de Buenos Aires, disse que o confronto foi “parelho” e que, no fim, a Alemanha ganhou no detalhe. Sobre as provocações, o portenho demonstrou descontentamento. “Os brasileiros perderam de 7 a 1 para a Alemanha e ainda vêm aqui torcer para eles. Difícil entender. Eles nos provocaram demais durante todo o jogo”, disse.

Quem também ficou contrariado com as gozações foi o morador de Buenos Aires Fabian Cuesta, que veio assistir a final com o filho Matias. “Os torcedores do Brasil já haviam perdido o orgulho com a derrota para a Alemanha. E agora mostram, mais uma vez,um lado péssimo. Não consigo compreender isso”, afirmou. “De qualquerforma, fico muito feliz pela Argentina ter disputado uma final de Copa no templo do futebol mundial”, completou.

Paolo Pai, de Rosário, disse que o momento é de exaltar os jogadores, já que a equipe chegou muito perto do tricampeonato. “A Alemanha estava fisicamente melhor, mas o jogo foi parecido. Poderíamos ter vencido.” Ele garantiu que, se o Brasil estivesse disputando final em terras argentinas, torceria para o rival latino. “Seria muito melhor que o título ficasse na América. Os brasileiros deveriam entender isso”, finalizou.