Esportes Titulo Falta de torcida
Brasileiro dá prejuízo
a equipes da região

Público quase inexistente faz com que São Caetano e
Sto.André gastem mais do que arrecadam nos nacionais

Marco Borba
Thiago Bassan
30/11/2011 | 07:14
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Manter uma equipe nas Séries B e C do Campeonato Brasileiro não tem sido bom negócio para São Caetano e Santo André. Na edição deste ano essas competições se tornaram imensamente deficitárias para os dois clubes do Grande ABC.

A baixa arrecadação, resultado da pequena média de público nos jogos, aliada aos custos com arbitragem, segurança, serviço de ambulância e exames antidoping explicam tal realidade.

No caso do São Caetano, o prejuízo foi de cerca de R$ 250 mil, já que o faturamento com a venda de ingressos chegou a algo em torno de R$ 100 mil e as despesas foram de aproximadamente R$ 350 mil (veja quadro ao lado).

A campanha do Azulão desde a queda, em 2006, explica o baixo comparecimento de torcedores, sobretudo em partidas de pouco apelo, como o confrotno com o Duque de Caxias. Na ocasião, 219 pessoas compareceram ao Anacleto Campanella.O maior público - 2.121 - foi no empate (3 a 3) com a Portuguesa, pela 27ª rodada. Esse foi o único confronto em que a arrecadação (R$27.665) superou as despesas (R$ 21.080,45).

A situação só não é mais crítica para o São Caetano porque os clubes da Série B receberam cerca de R$ 1,8 milhão - já descontados os impostos - de cotas de TV pagas pela Confederação Brasileira de Futebol.

Os que disputaram a Série C, caso do Santo André, não contam com o benefício. O presidente do Azulão, Nairo Ferreira de Souza, negou que a Série B seja deficitária. "A arrecadação não cobre mesmo as despesas, mas tenho o reembolso da CBF com despesas de arbitragem", comentou.

SANTO ANDRÉ

A situação do Santo André não é muito diferente. O prejuízo é menor que o do São Caetano porque o clube disputou apenas quatro partidas no Bruno Daniel, no Brasileiro da Série C.

A menor perda ocorreu no jogo contra a Chapecoense, o último do clube na competição. As despesas ficaram em R$ 6.888,01.

O menor público foi no empate por 1 a 1 com o Joinville, no dia 21 de agosto, quando apenas 357 testemunhas acompanharam a partida.

No total, o Santo André arrecadou pouco mais de R$ 13 mil e gastou quase R$ 46 mil. Com isso, o prejuízo ultrapassou os R$ 33 mil, segundo os borderôs divulgados pela CBF.




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