Política Titulo Santo André
PSDB corre risco de dissolução

Sem eleger vereadores, dirigentes municipais têm futuro incerto

Bruno Coelho
do Diário do Grande ABC
05/11/2012 | 07:24
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O fracasso nas urnas pode colocar em xeque a executiva do PSDB de Santo André. Quem ratifica esse cenário é o presidente do partido no Estado, o deputado estadual Pedro Tobias. De acordo com o tucano, haverá reunião do diretório paulista, entre os dias 27 e 29, que terá na pauta a possibilidade de destituição do tucanato andreense, comandado por Ricardo Torres. Caso se confirme a intervenção, será constituída outra comissão provisória até a eleição interna, prevista para fevereiro de 2013.

"Temos de avaliar se iremos aprovar a destituição ou não dos diretórios das cidades que não elegeram vereador. Na minha opinião, no município em que o PSDB não elegeu um parlamentar, o diretório não cumpriu o objetivo", disse Tobias.

Mesmo que haja a intervenção no diretório de Santo André, Torres poderá escapar do pente fino pela forte ligação que possui com o secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, influente no tucanato paulista.

Tobias evitou atribuir toda a culpa do desfecho negativo da eleição a Torres e assumiu parte da responsabilidade pelos rumos determinados ao PSDB andreense. No entanto, criticou o prefeito Aidan Ravin (PTB) por não cumprir o prometido na pré-campanha, quando disse que cederia a vice em sua chapa majoritária ao tucanato - Dinah Zekcer (PTB) foi mantida no posto.

Diante disso, o PSDB formalizou adesão à candidatura de Raimundo Salles (PDT), tendo Torres como vice da chapa que ficou em terceiro lugar, com 48.744 votos (13,42%). No segundo turno, a legenda finalmente apoiou Aidan, trazendo o governador Geraldo Alckmin a Santo André. Porém, colecionou revés com a vitória de Carlos Grana (PT).

Ao todo, o PSDB andreense teve 16.527 votos destinados aos candidatos à vereança, os quais, somados com os 927 do PTN, sigla a qual se coligou proporcionalmente, chegou à adesão de 17.412 eleitores. Índice insuficiente para eleger representante no Legislativo. Pela primeira vez na história tucana no município, desde a criação da sigla em 1988, o partido não conquistou cadeira (veja arte ao lado).

Há quatro anos, o PSDB obteve 41.832 sufrágios, tornando-se a segunda agremiação que mais recebeu votos na corrida pela Câmara. Inclusive elegeu o vereador mais votado da atual legislatura, Paulinho Serra, com 6.149 votos. Marcos da Farmácia e Marcelo Chehade também ingressaram à Casa.

Paulinho deixou a sigla após ver seu plano de ser candidato ao Paço frustrado pela decisão do PSDB local em apoiar, inicialmente, à tentativa de reeleição de Aidan. O parlamentar ingressou ao PSD, levando consigo oito pré-candidatos ao Legislativo. Antes disso, os tucanos perderam força com as saídas de Marcos Medeiros (DEM), Pedrinho Botaro (PTB), Airton Biscaro (PTB), Wilson Ponce (PTB), entre outros.

Ricardo Torres não foi localizado pelo Diário.




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