Em mais uma decisão na luta para fugir do rebaixamento à Série B, o Palmeiras recebe o Botafogo hoje, às 17h, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, pela 34ª rodada do Brasileirão. A ordem no Verdão é fácil de ser compreendida, porém, não tão simples assim de ser cumprida: vencer para encostar no Bahia, primeiro time fora da zona de rebaixamento.

No último treino antes do duelo, o técnico Gilson Kleina passou por apuros, quando o zagueiro Henrique sentiu dores no tornozelo esquerdo e deixou a atividade antes dos demais companheiros. Porém, para alívio do treinador, o defensor está confirmado na equipe titular. “Foi um susto, mas mais pela pancada. Não é nada de mais, ele vai jogar”, tranquilizou o médico Vinícius Martins.

O volante Marcos Assunção, que também sentiu dores e foi poupado do treino, é outro que está confirmado. O único desfalque será o lateral-esquerdo Leandro, que foi vetado por causa de dores na coxa. Juninho será o substituto.

O treinador aposta no entrosamento para que a equipe consiga a vitória frente ao time carioca. “Algumas situações fogem de nossa alçada. Se eu puder mexer pouco, é a melhor coisa em termos de entrosamento. Mas o Leandro está machucado, e o Juninho volta. Esperamos manter o padrão de jogo”, afirmou o técnico. Quem reaparece entre os relacionados é o volante Corrêa, mas começa a partida no banco de reservas. O atacante Maikon Leite, também recuperado, é outro jogador que fica como opção para o decorrer da partida.

“Não podemos inventar. É entrar em campo e fazer o simples. Contra o Bahia e o Cruzeiro, foi assim. Marcamos forte, tivemos muita disposição e aproveitamos as chances no ataque. Acho que também fizemos uma boa partida diante do Inter. Tem de ser assim nessas rodadas finais”, cravou o goleiro Bruno

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BOTAFOGO

O Glorioso ainda luta para chegar no G-4 e, consequentemente, conquistar uma das vagas para a Copa Libertadores da América. Por isso, o duelo é também tratado como uma decisão.

"É uma coisa a ser vista no jogo mesmo. O sentimento que a gente tem do Palmeiras é que precisa valorizar muito esses jogos. Queremos muito vencer para continuarmos com possibilidades de classificação”, analisou o técnico Oswaldo Oliveira. (das Agências)

Com futuro incerto, Kleina não se arrepende

Contratado para salvar o Palmeiras na reta final do Brasileiro e manter o time na Série A, Gilson Kleina não sabe qual será o seu futuro profissional. Sua permanência no clube, além de atrelada a resultados em campo, também depende das sempre turbulentas eleições presidenciais, em janeiro.

O técnico palmeirense, no entanto, assegura que nada disso o preocupa e que não há arrependimento de ter aceitado o convite para comandar o time na luta contra o rebaixamento. “Não sei se minha passagem aqui será de dois, três ou 15 meses. Eu quero fazer o melhor possível”, disse Kleina.

Para ele, um treinador que vinha com a carreira em ascensão (sobretudo pelo bom trabalho na Ponte Preta), o risco de cair para a Série B com um time grande e ficar marcado por isso não o assusta. “Não é demérito nenhum você ter uma queda no currículo. Isso, se acontecer, não vai me deixar menos forte. Essa decisão de estar aqui neste momento foi pessoal. Já vi grandes treinadores e jogadores passarem por isso e, depois, serem os maiores do mundo.”

Para o treinador, as dificuldades que ele tem encontrado, dentro e fora de campo, para tentar livrar o time do rebaixamento fazem parte do aprendizado da profissão. “Depois de passar por tudo isso no Palmeiras você pode passar por qualquer coisa no futebol. (da AE)