Economia Titulo Microempresas
Companhia da região inova
com reciclagem de papel

O proprietário, Antonio Pill, explica que montou a empresa
há dez anos já com a ideia de reciclar para fazer seu produto

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
28/10/2012 | 07:12
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A reciclagem de materiais por parte das empresas é uma tendência crescente, que alia a preocupação com a preservação ambiental com benefícios econômicos, como a redução de custos ou a maior rentabilidade dos produtos, por incorporarem a imagem de mais amigáveis à natureza. Seguindo essa tendência, uma microempresa de Santo André, a Polpatec, desenvolveu uma embalagem inovadora, feita a partir do reaproveitamento de papel.

O proprietário, Antonio Pill, explica que montou a empresa há dez anos já com a ideia de reciclar para fazer seu produto, que ele chama de polpa moldada. Trata-se de embalagem constituída a partir de jornal e outros tipos de papel, que são moídos e colocados em água, e depois, em molde, feito de acordo com o produto ao qual se destina a embalagem. Sua aplicação: servir de proteção, por exemplo, no interior das caixas de eletrodomésticos novos, para que estes não quebrem durante deslocamentos. O item chega a ser 30% mais em conta que o isopor usado com a mesma finalidade, afirma o microempresário.

Pill desenvolveu seu próprio maquinário, com base em sua experiência no segmento (embora não tenha feito curso específico para isso). E cita que, apesar das dificuldades - entre as quais a forte concorrência com os asiáticos nessa área -, tem conseguido crescimento de vendas de cerca 10% ao ano. Com quadro de 20 funcionários e produção mensal de 300 mil a 400 mil peças, a Polpatec fornece atualmente para atividades que vão da produção de móveis, metalúrgicas e fabricantes de eletroeletrônicos, até indústrias de artigos hospitalares. Os preços unitários das peças vão desde R$ 0,20 até R$ 1 ou mais, dependendo do projeto do cliente.

RECICLAGEM

Dados da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel) mostram a tendência crescente do reaproveitamento. A entidade estima que do total de papel consumido no mercado nacional, 46% é destinado à reciclagem. A maior contribuição vem do papel ondulado, com taxa de recuperação de 69% (enquanto papéis de imprimir têm índice de 32%). De forma geral, a reciclagem tem tudo para crescer mais no País . Na Coreia do Sul, o reaproveitamento chega a 91,6% e na Alemanha, 84,8%.

 




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