Economia Titulo Centro comercial
Ribeirão Pires terá loja
e fast-food na rodoviária

Estrutura do antigo terminal de ônibus está sendo removida
para a construção dos comércios; Di Gaspi ganhou licitação

Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
27/10/2012 | 07:28
Compartilhar notícia


A antiga rodoviária de Ribeirão Pires, que durante os últimos três anos foi usada como estacionamento da Zona Azul, receberá uma magazine e uma rede de fast-food. A estrutura do terminal de ônibus já está sendo removida para a construção de ambos os comércios. Neste ano, dois estabelecimentos ganharam a licitação para usufruir do terreno, que é da Prefeitura, durante 30 anos, pagando R$ 3 milhões pela concessão do espaço. "Esperamos fomentar o comércio local com duas novas opções para o morador", diz o secretario de Administração e Modernização, Eduardo Pacheco.

A loja Di Gaspi, que é a responsável pela retirada da estrutura (veja foto ao lado), deve abrir as portas ao público até junho - o foco dessa varejista são roupas, calçados e acessórios. A rede já tem 39 lojas no Estado e o Centro de Ribeirão já abriga uma delas - que fica em frente ao antigo terminal. De acordo com o diretor de marketing da rede, Tibério Graco, a nova unidade ocupará 1.500 m² e empregará 80 funcionários. "Será o dobro de pessoas que a outra loja emprega hoje e o triplo do tamanho." Ainda não há previsão para o início das contratações.

O executivo ainda não sabe se a unidade que já funciona no município será transferida para o novo local. Ele também não informou o montante que será investido - apenas citou que será o dobro do que foi aportado na loja atual. "Mas acreditamos que terá potencial para ficar entre os cinco estabelecimentos que mais faturam", diz Graco.

O restaurante que também ocupará o local já está praticamente definido. "Há 99,9% de chances de que será o Habib's", diz o secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda de Ribeirão Pires, Marcelo Dantas. Segundo a Prefeitura, os comércios pagarão aluguel, que será definido com base na lei 5.602 que aprovou o destino da antiga rodoviária. Porém, a administração municipal não soube informar qual será o valor a ser pago pelos empreendedores. Também não existe uma expectativa do montante que será injetado na economia municipal com os dois novos comércios. Entretanto, o secretário de Desenvolvimento acredita que a localização contribuirá com a arrecadação. Muitos munícipes circulam pelo local para acessar, principalmente, a estação ferroviária e também o novo terminal de ônibus - inaugurado em 2009.

Dantas fez uma comparação com o Atende Fácil, espécie de Poupatempo, também localizado no caminho de acesso aos terminais. "São atendidas entre 700 e 800 pessoas por dia. O local está na boca do gol. As redes estão vendo esse potencial de consumo", explica.

Para efeito de comparação, o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), transferido para o Atende Fácil, e que funcionava também no Centro, mas em um ponto mais distante, atendia 100 moradores por dia.

 

Deficit de vagas crescerá com novo comércio

A antiga rodoviária funcionou como estacionamento rotativo da Zona Azul até sexta-feira, dia 19, quando foi interditada para o início das obras. Após a desocupação, o Centro da cidade deixou de oferecer 70 vagas de carros.

"Estamos nos aproximando do fim do ano e perder essa quantidade de pontos será calamitoso. Os comerciantes reclamam e dizem que as vendas não vão bem e a chance de recuperar é no Natal", explica o presidente da Aciarp (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires), Gerardo Salter.

Segundo Salter, a cidade acumulará um deficit de pelo menos 200 vagas. "Até os estacionamentos privados estão lotados".

O presidente da associação afirmou que fará reunião com o novo prefeito eleito, o peemedebista Saulo Benevides, para falar de soluções que possam incentivar o consumo dentro do município.

Eliana Uehara, uma das proprietárias da loja de cosméticos Center Ribeirão, na região central, afirma que os clientes reclamam com frequência das poucas vagas à disposição.

"Eles dizem que, muitas vezes, são obrigados a procurar outros municípios, como Santo André e Mauá". Isso porque, nas cidades vizinhas, há mais estrutura para comprar, os consumidores têm acesso a uma variedade maior de estabelecimentos e ainda podem usufruir dos estacionamentos dos shoppings.

Ivanilda Ferreira, gerente da Casual Modas, que comercializa roupas, diz que a falta de opções para parar o carro afeta, até mesmo, o fluxo de pagamento do público. "Muitas vezes, o cliente deixa para outro dia o pagamento do crediário porque não tem vaga para estacionar e acaba esquecendo da dívida", explica.

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;