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Laboratório de drogas escondia metralhadora rara
Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
19/10/2012 | 07:00
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Policiais civis da Delegacia Sede de Mauá e Seccional de Santo André, responsável pela cidade, estouraram na tarde de ontem um laboratório de drogas no Parque São Lucas, Zona Leste da Capital, apontado como um dos principais distribuidores de entorpecentes para o Grande ABC.

Durante a operação, chamou a atenção dos investigadores, no entanto, o arsenal que a mulher responsável pela casa escondia. Além de duas pistolas, uma de calibre 9 milímetros e outra ponto 40, havia uma metralhadora ponto 30. De grande porte, é de uso exclusivo das Forças Armadas, dispara 1.200 tiros por minuto e pode custar até R$ 60 mil no mercado negro. Sua potência bélica é capaz de derrubar um helicóptero, segundo os policias civis.

"Para nós foi uma grande surpresa. Sabíamos que existia a movimentação do tráfico, mas não que eles tinham esse poderio", disse o delegado Alberto Mesquita Alves.

Há cerca de 40 dias os policiais vêm conduzindo as investigações. Descobriram que, em quase todos os casos de flagrante de tráfico, o responsável pelo fornecimento vinha do mesmo endereço, na Rua Veratro.

Uma jovem de 17 anos era a responsável por pegar a mercadoria e distribuir na região. Junto foi autuada em flagrante Priscila da Silva, 22, que morava no local há oito meses.

Foram apreendidos 30 quilos de cocaína e 20 quilos de maconha, distribuídos entre sacos grandes e porções prontas para venda, além de produtos químicos, balanças e outros artefatos. Priscila confirmou à polícia que sua função era produzir crack e embalar as peças para serem repassadas aos pontos de vendas.

Em Diadema, 200 kg de maconha apreendidos

O caminhoneiro Paulo Roberto Alves de Oliveira, 59 anos, foi preso em flagrante na madrugada de ontem por policiais civis do Denarc (Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcóticos), da Capital, enquanto transportava 200 quilos de maconha na Rodovia dos Imigrantes, trecho do bairro Serraria, em Diadema.

A droga estava escondida em dois tanques de gasolina falsos, que estavam vazios. Com o veículo investigado há um mês, os policiais estranhavam o fato de o caminhoneiro ter de parar para abastecer pouco depois de voltar a rodar. O motorista tentou desmentir, mas depois revelou o esquema.

A carga vinha de Bataguassu (MS). Segundo depoimento de Oliveira aos investigadores, a droga seria repassada para revenda em diversos pontos do Grande ABC.

Compactada em sete tijolos grandes, a maconha seria levada primeiro para a Capital, à comunidade que não foi revelada, onde seria preparada e embalada para ser vendida.




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