Candidata derrotada à Prefeitura de São Caetano, Regina Maura Zetone (PTB) retornou ao comando da assessoria Especial de Ação Social do Palácio da Cerâmica. Segundo ela, ainda existem projetos pendentes no governo de José Auricchio Júnior (PTB)que precisam ser concluídos no setor.

Regina falou ontem pela primeira vez após sofrer derrota avassaladora na eleição de domingo para Paulo Pinheiro (PMDB), com o placar de 63,35% a 34,81% dos votos. "Não me sinto derrotada por ter a primeira experiência eleitoral em uma eleição polarizada. Enfrentei um candidato com experiência de cinco eleições, uma figura extremamente carismática, apoiada por um grupo externo com financiamento de campanha que nunca vi na vida."

Apesar da consideração, Regina foi a campo com apoio da máquina administrativa e do prefeito que tinha a aprovação acima de 80% antes do período eleitoral. Ela destaca que houve traições por parte de vereadores. "Estavam comigo na teoria, mas na prática, não. Teve um que foi em empresa de amigo meu e pediu voto para outro."

A gestão positiva no Palácio da Cerâmica, segundo ela, sucumbiu à estratégia de desconstrução da imagem dela e dos ganhos de Auricchio. "Eles pegaram as áreas melhores avaliadas, que eram Saúde e Educação, e desconstruíram", explicou.

A petebista evitou creditar erros ou acertos em sua campanha e avaliou que, independentemente da estratégia, sairia derrotada da disputa. Auricchio foi o arquiteto e principal condutor da candidatura. Porém, ao fim da campanha Regina tentou se desassociar do prefeito. "Continuamos formando um grupo político. Lealdade cabe a qualquer um."

A petebista ainda criticou a falta de apoio da cúpula estadual do PTB. Quando uma figura da legenda veio à cidade, no caso o deputado federal Arnaldo Faria de Sá, participou de atividade ao lado de Pinheiro. "Me sinto desconfortável, não digo que vou sair do partido, mas tivemos muito mais apoio do PSDB." Os tucanos Geraldo Alckmin (governador) e Aloysio Nunes (senador) estiveram em São Caetano na campanha.

O movimento Família Rosa, criado no período eleitoral para combater ofensas pessoais, vai se tornar uma associação. "Será entidade sem fins lucrativos para fiscalizar e garantir direitos do cidadão."