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Vizinhos pedem manutenção de praça

Área verde do bairro Santa Maria, em São Caetano, precisa de consertos na estrutura e poda

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
08/10/2012 | 07:00
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A Praça das Andorinhas, no bairro Santa Maria, em São Caetano, já foi ponto de encontro de famílias. No entanto, de uns anos para cá, a área verde deixou de receber manutenção e, conforme os vizinhos, tem atraído jovens que bebem, fumam e utilizam outras drogas no local.

Alguns relatam inclusive prática de sexo por casais, que se aproveitam das grades que cercam a praça para se esconder. "Tinham de tirar essas grades. Isso só serve para encobrir coisa errada", reclamou a dona de casa Maria de Lurdes Preste, 74 anos. Moradores dizem que a GCM (Guarda Civil Municipal) não passa por ali.

Além do uso inadequado da praça, há ainda problema de infiltração que causou rachaduras na rampa de acesso e nos muros que sustentam as grades. Um deles, inclusive, está torto. "Quando as chuvas começarem, pode ruir e causar um acidente", disse o funileiro Alexandre Pereira Lima, 64.

Os brinquedos do parquinho estão enferrujados, e os bancos e mesas de cimento tiveram os tampos arrancados, o que deixou expostos pedaços de ferro que podem machucar. Há diversas placas de candidatos à eleição jogadas no gramado, e galhos de algumas árvores estão tão grandes que quase alcançam a fiação elétrica do outro lado da rua. "A gente pede para vir podar, mas não adianta. Além de fazer muita sujeira, a árvore nesse estado pode cair na rede elétrica", afirmou a dona de casa Dirce Teci Rodrigues, 69.

Do lado de fora das grades, também há problemas, conforme os moradores. As raízes de uma das árvores da calçada da praça quebraram o cimento e impedem a passagem de pedestres, que precisam caminhar pela rua. "Temos muitos idosos aqui, é um perigo", garantiu Lima. O funileiro disse ainda que a Prefeitura prometeu instalar corrimão em escada que fica em uma das laterais da praça, do lado de fora, mas não cumpriu.

Sobre as árvores, a Prefeitura informou que este é o mês correto para poda de árvores, e que a praça está incluída no cronograma. Já a respeito da manutenção, está em elaboração projeto de reforma que deve ser executado ainda neste ano. A Secretaria de Segurança, por sua vez, informou que determinou com urgência que rondas sejam feitas no local.

Remoção de árvore demora cinco meses

Desde maio, a remoção de árvore de nove metros da espécie sibipiruna, na altura do número 518 da Rua Espanha, no Parque das Nações, foi aprovada pela Prefeitura de Santo André. O motivo é que o exemplar está oco e com infestação de cupins. O serviço, que estava programado para ser realizado até o dia 17 de junho, ainda não foi feito.

A casa da aposentada Massaco Arassero, 78 anos, fica em frente à árvore e teme que a planta caia em cima de sua residência. "Tenho dificuldade de locomoção. Não sei o que vou fazer se acontecer alguma coisa", reclamou.

O telhado da aposentada, que era de madeira, também precisou ser trocado porque estava podre devido aos cupins, que saíram da árvore e invadiram a casa.

"Principalmente em dias de calor, vemos uma nuvem de bichinhos que deixam a árvore e vão direto para onde há luz. A minha casa fica infestada", afirmou a doméstica Vânia Lucia Tenório Silva, 43.

Com a temporada de chuvas de fim de ano se aproximando, o medo dos vizinhos é que a árvore cause algum estrago maior. "Quando chove já voa galho para todos os lados, com ela oca e vento mais forte, é capaz de cair tudo", afirmou a doméstica.

No dia 26 de setembro, Vânia recebeu ofício da ouvidoria que dizia que a remoção ainda não tinha sido feita porque a Eletropaulo precisaria realizar, primeiramente, a poda da árvore, por estar em contato com os fios de eletricidade. E que naquele dia seria encaminhado um comunicado à concessionária para realizar o serviço. A Prefeitura foi procurada, mas não se manifestou. (Caroline Garcia)

Carros velhos estacionados em via causam transtorno 

Moradores da Rua Pelegrino Bernardo, no bairro Olímpico, em São Caetano, reclamam de carros estacionados no meio-fio na altura do número 361. Mas os veículos antigos, sendo três Fuscas e uma Brasília, não estão abandonados: são de propriedade do mecânico César José Maria, 57 anos, que compra os carros para consertá-los e depois revende.

O problema é que ele faz todo o trabalho na via pública e, conforme os vizinhos, o barulho incomoda. "Tem dias que ele começa a mexer nesses carros às 7h, principalmente de sábado. Temos crianças e idosos por aqui, mas ele não respeita", reclamou uma das moradoras, que preferiu não se identificar.

Outro vizinho, que também preferiu permanecer anônimo, afirmou ainda que, como os carros demoram para ser consertados, tomam vagas de estacionamento na via. "Se a gente recebe visita, ninguém pode parar perto da nossa casa porque o único lugar que não é guia rebaixada está ocupado por esse monte de lata velha."

Questionado, José Maria afirmou que só trabalha em horário comercial. "Não vejo nada de ilegal no que faço. Esse povo gosta de reclamar mesmo, não tem jeito. Mas eu tenho que trabalhar e tirar o meu sustento."

Segundo a Prefeitura, porém, ele não pode exercer a atividade em via pública, como faz. O Setor de Controle Fiscal da Atividade Econômica, pertencente à Secretaria de Planejamento e Gestão, informou que o proprietário dos veículos foi notificado para que pare de exercer a atividade no local. (Camila Galvez)

Condomínio conserta buraco na calçada sete vezes

Vans escolares e carros de passeios que buscam crianças na Emeb Vereador José Avilez, na Rua Antonio Serafim Zampieri, no Jardim Lauro Gomes, em São Bernardo, param na calçada do outro lado da rua para embarque e desembarque. O passeio público não aguenta o peso e cede, abrindo buraco. Embaixo passa galeria de águas pluviais.

O caso acontece em frente ao condomínio Real Village, responsável por manter a calçada em bom estado. O buraco foi tampado sete vezes. São cerca de R$ 200 a cada conserto, que dura cerca de um mês até quebrar novamente. "Por mais ferro que coloque, não foi feito para suportar tanto peso", disse o representante Alex Henriques, 38 anos, que já tentou conversar com os motoristas, sem sucesso. Os veículos também costumam bloquear a entrada e saída de carros do condomínio. À noite, o perigo aumenta, já que a iluminação da rua sem saída é fraca e não há sinalização para alertar sobre o buraco.

De acordo com moradores, o condomínio providenciará mais uma vez o conserto nesta semana. Será o oitavo. A Prefeitura foi procurada para saber se reforçará a estrutura da galeria, mas não se manifestou. (Caroline Garcia)




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