O número de embarques nos sistemas municipais de transporte no Grande ABC teve alta de 7,8% em agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2011. Isso equivale a aumento de 1,2 milhão de embarques, passando de 16,6 milhões para 17,9 milhões. O crescimento foi puxado pelas cidades de Mauá e Diadema.

Em Mauá, a demanda aumentou 47,6%, passando de 2,1 milhões para 3,1 milhões de embarques. Para a Prefeitura, o aumento foi motivado pela chegada de indústrias às margens do Trecho Sul do Rodoanel. A frota municipal passou de 170 para 230 veículos em dois anos.

Já em Diadema, as catracas giraram 7,9% a mais que em agosto do ano passado, chegando a cerca de 2,6 milhões de passagens. Para Reinaldo Freitas, diretor do departamento de gestão de transportes da Secretaria Municipal de Transportes, o aumento é motivado pela renovação de 100% da frota. "Os ônibus estão mais seguros e confortáveis. Antes, a população não confiava no serviço. Acredito que parte das pessoas deixou os veículos particulares para utilizar o transporte público", avalia. Em novembro, as empresas Benfica e Mobibrasil assumiram a operação no lugar da ETCD e da Imigrantes (leia mais ao lado).

Santo André registrou aumento tímido de 0,62%. São Bernardo, no entanto, teve diminuição no total de passageiros embarcados, passando de 6,3 milhões para 6,2 milhões - 1,6% a menos. Também houve queda nos ônibus intermunicipais. Dados da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) apontam que a redução foi de 1,5%.

A Prefeitura de São Caetano informou apenas que a média de circulação nos ônibus municipais é de 21 mil passageiros por dia. A administração não respondeu se houve variação no período. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não divulgaram os números.

Usuários de Diadema elogiam novas empresas

Passageiros de Diadema aprovam a troca das empresas que operam o transporte no município. Em novembro, as viações Benfica e Mobibrasil assumiram as linhas da ETCD e da Imigrantesl. Com a substituição, a frota foi renovada, e a cidade passou a ter 100% de veículos zero-quilômetro e adaptados para portadores de deficiência física.

"Antes era muito mais lotado. Agora até tem mais passageiros, mas os ônibus passam com maior frequência", comenta a ajudante geral Márcia do Nascimento, 33 anos.

Para a auxiliar de limpeza Aline de Souza, 30, a principal melhoria é o conforto. "Os outros ônibus eram muito velhos e mal conservados. Dava até medo." A passageira também elogia a pontualidade dos veículos. "Antes, não tinha horário. Agora dá para se programar melhor antes de sair de casa."

A aposentada Débora Dias, 66, também aprova a troca. No entanto, ela exige melhor treinamento para os funcionários das empresas. "Os motoristas ainda são mal-educados e, muitas vezes, não param no ponto quando veem que há idosos esperando", protesta.