Esportes Titulo Série C
Santo André empata
em casa e se complica

Equipe permite a reação do Tupi e corre o risco de voltar à
zona de rebaixamento da Série C do Campeonato Brasileiro

Thiago Postigo Silva
Do Diário do Grande ABC
07/10/2012 | 07:07
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Drama, nervosismo, gols de bola parada e estádio sem torcida são alguns ingredientes que não podem falta a duelo entre times que brigam contra o rebaixamento, como Santo André e Tupi, que empataram por 1 a 1, ontem à tarde, no Bruno Daniel, pela Série C do Brasileiro. Bady, de falta, e Alexandro, de pênalti, marcaram.

O resultado prejudicou os dois. O Ramalhão continua em oitavo do Grupo B, com 17 pontos, mas entra na zona de rebaixamento caso o Madureira vença o Macaé fora de casa, na terça-feira. O Tupi é o lanterna, com 14.

O técnico Itamar Schulle mandou a campo Nequinha na lateral direita, Batata no meio campo e Sandoval na defesa. Porém, quem começou melhor foram os visitantes, dando trabalho a Marcelo Bonan, que fez duas intervenções nos primeiros dez minutos.

Do outro lado, o Ramalhão tocava a bola no meio campo, mas, quando chegava perto da área adversária, faltava criatividade, deixando o goleiro Rodrigo sem trabalho.

O segundo tempo teve o Santo André mais ofensivo. Aos quatro minutos, Bady cobrou falta no canto direito de Rodrigo - 1 a 0.

O gol esquentou o confronto. Aos dez, após cruzamento da esquerda, Alexandro cabeceou, Marcelo Bonan fez defesa cinematográfica e evitou o empate. Pouco depois, o goleiro ainda defendeu cobrança de falta de George.

A igualdade, porém, veio em lance polêmico. Aos 19 minutos, Nequinha, que estreava, pulou com Alexandro na área e o árbitro assinalou pênalti. O próprio atacante cobrou e empatou.

O Ramalhão tentou responder em seguida e desperdiçou diversos lances. Aos 22 minutos, Tyrone e Batata pararam no goleiro Rodrigo. Aos 28, Cadu recebeu de Borebi e, sozinho, isolou. Pouco depois, Caihame driblou dois e chutou para fora.

Sem marcar, o Santo André se desesperou, enquanto que os mineiros quase viraram com Cassiano, que, na pequena área andreense, mandou por cima.

Poucos torcedores acompanham jogo do lado de fora

Outra vez, o destaque de partida do Santo André no Bruno Daniel foi a ausência de público. Inclusive, o número de torcedores que tentaram acompanhar o duelo em árvores ou cima de muros foi menor do que em jogos anteriores.

"Acho que nossos torcedores são heróis. Eles não estão desanimados, mas cansados da situação. O trânsito ruim (devido ao último dia de campanha eleitoral) também prejudicou", disse o diretor de futebol, Sérgio do Prado.

RODADA

Se o Ramalhão sonha com a classificação, a situação piorou ontem. Último do G-4, o Caxias venceu o Vila Nova por 1 a 0, fora de casa, e abriu seis pontos do Ramalhão.

Já o Brasiliense perdeu (3 a 0) para a Chapecoense, enquanto que o Duque de Caxias empatou (0 a 0) com o Oeste, em casa. Macaé e Madureira se enfrentam terça-feira.

Pênalti deixa time revoltado com arbitragem

O clima era de revolta nos vestiários do Santo André. O pênalti marcado pelo árbitro catarinense Bráulio da Silva Machado de Nequinha em Alexandro revoltou comissão técnica, jogadores e dirigentes ramalhinos. Segundo eles, o andreense apenas dividiu a bola no alto com o rival, sem fazer a falta.

"Como o cara (o juiz) pode marcar um pênalti daquele. Agora quem paga essa conta? Dois pontos que foram para o saco. Pelo amor de Deus, isso não existe", disparou o supervisor de futebol do Santo André, Alexandre Todorveto.

O lateral-direto Nequinha assegurou que não fez falta quando pulou com o rival. "Foi corpo a corpo. Nem gosto muito de falar de arbitragem, mas desta vez não tem como discutir", destacou.

Segundo o técnico Itamar Schulle, o juiz decidiu o resultado. "Foi crucial o lance do pênalti. Não tem como discutir. Antes de os jogadores subirem, ele já estava com o apito na boca", reclamou o comandante, que também chiou por causa dos gols desperdiçados pelo Santo André. "Não tínhamos o direito de errar."

O diretor Sérgio do Prado prometeu analisar o vídeo e encaminhá-lo à Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol.




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