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Palmeiras testa reação em
clássico contra São Paulo

Com 17 pontos de diferença, Tricolor e Verdão se enfrentam
no clássico deste sábado, a partir das 16 horas, no Morumbi

06/10/2012 | 07:40
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Os 17 pontos que separam o São Paulo do Palmeiras na classificação sugerem um amplo favoritismo são-paulino no clássico deste sábado, a partir das 16 horas, no Morumbi. Mas a frieza dos números esconde o atual momento das equipes. O dono da casa ainda não apresentou uma regularidade digna de um time que ocupa o alto da tabela e o visitante chega fortalecido com três vitórias - duas no Brasileirão e uma na Copa Sul-Americana - sob o comando do técnico Gilson Kleina.

 

Se bater o São Paulo - e encerrar um jejum de dez anos sem vitórias sobre o rival no Morumbi -, o Palmeiras ultrapassa o Sport, chega à 17ª posição e fica no limite da zona da degola. Hoje ninguém mais duvida de que é possível escapar do rebaixamento no Brasileirão.

 

O ânimo revigorado do adversário ligou o sinal de alerta nos são-paulinos, que não podem pensar em outro resultado que não a vitória para não perder contato com o Vasco na briga pelo G4. Caso vença o clássico deste sábado, somando a um tropeço vascaíno diante do Atlético-GO em Goiânia, o São Paulo terá a possibilidade de entrar na zona de classificação para a Libertadores no confronto direto da próxima rodada, em São Januário.

 

"Todo jogo contra o Palmeiras é complicado, independentemente da situação em que eles se encontram na tabela. Falamos de um clássico, de um grande time e sabemos que nunca teremos vida fácil. Precisamos estar ligados o tempo todo. Eles vêm em um momento de grande evolução com seu novo treinador. Acredito que será um jogo muito bonito de se ver", analisou o lateral Cortez, um dos titulares do técnico Ney Franco no São Paulo.

 

A pressão já começou antes mesmo de a bola rolar. Os palmeirenses entraram com um protesto formal na CBF solicitando a troca do árbitro Paulo César de Oliveira, alegando que ele frequentemente prejudica a equipe. Temendo que as reclamações influenciem o árbitro, o São Paulo respondeu prontamente e criticou a atitude.

 

"O que foi feito pelo Palmeiras é coisa da década de 60, é mais antigo do que bola rolando. Todo esse 'bafafá' em relação ao árbitro é estratégia para influenciar a arbitragem. Ainda bem que é o Paulo, que considero um dos melhores árbitros do País e não será influenciado", alfinetou Ney Franco.

 

Polêmicas à parte, o treinador do São Paulo resolveu abrir mão do sistema mais ofensivo e vai reforçar o meio-de-campo com o volante Wellington no lugar do meia Maicon. Lucas e Osvaldo atuarão mais recuados e caberá a Luis Fabiano, que volta de contusão, fazer os gols.

 

A baixa é o zagueiro Rhodolfo, que cumpre suspensão pela expulsão contra o Coritiba - Edson Silva fica com a vaga. Ciente da posição complicada do adversário na tabela, o treinador projeta usar o nervosismo como uma arma a seu favor. "Quando uma equipe está fragilizada em termos de pontuação, como é o caso do Palmeiras, pode-se perder o equilíbrio na partida. Não teremos um jogo fácil, a troca deles mexeu com a parte tática e técnica e estão motivados. Sabemos que se marcarmos bem mexeremos não só com a parte técnica e tática como também a emocional", disse Ney Franco.

 

Do lado palmeirense, o projeto é conquistar no mínimo um empate para não quebrar a reação das últimas rodadas. Embora precise somar o máximo possível de pontos para não ampliar a angústia da luta contra o descenso, o julgamento é que somar ao menos um em território adversário não será mau negócio. "O melhor resultado é fazermos nossa missão, seja com vitória ou pontuando. O São Paulo está na parte de cima da tabela e tem números muito melhores, mas estamos numa crescente", afirmou Gilson Kleina, que tenta conquistar sua quarta vitória consecutiva no comando do Palmeiras.

 

RESPEITO MÚTUO - Os dois treinadores sabem que do outro lado têm jogadores que podem decidir sozinhos o clássico deste sábado. No São Paulo, Ney Franco decidiu mexer no time para tentar frear as investidas de Valdivia, que está empolgado com a sequência de sete partidas consecutivas sem sofrer uma lesão, algo inédito no ano. Além disso, Marcos Assunção é um perigo na bola parada e Barcos já mostrou diversas vezes que sabe fazer gols como ninguém - contra o São Paulo, foram dois do argentino em dois jogos na temporada.

 

Já no Palmeiras, Gilson Kleina não deve mexer no esquema tático - o zagueiro Thiago Heleno (machucado) e o atacante Maikon Leite (suspenso) não jogam -, mas faz questão de alertar sua equipe para tomar cuidado com Luis Fabiano, por seu faro de gol, e com Osvaldo e Lucas pela velocidade e facilidade para driblar. "Não dá para marcar só um deles, todos vivem uma boa fase", avisou o treinador.




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