Candidato à reeleição, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), tem utilizado a tática do contra-ataque para falar sobre o escândalo do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), demonstrando que o episódio se mantém como sombra na campanha.

Em eventos com o empresariado, o petebista usa parte do discurso para negar o envolvimento em suposto esquema de propina praticado na autarquia e sobe o tom contra o principal adversário no pleito. "O caso veio à tona depois de denunciarmos a dívida feita durante a gestão do outro partido (PT) com a Sabesp."

Aidan refere-se ao débito de R$ 1,5 bilhão, em alusão a contas de água que não foram pagas nos governos petistas de Celso Daniel e João Avamileno. "Por causa desse problema fui chamado de vários nomes", citou o petebista, ao sugerir perseguição política.

Em contrapartida, apesar da justificativa, o episódio surgiu de denúncia do então diretor de Gestão Ambiental, Roberto Tokuzumi. Na primeira fase, acusações de venda de licenças ambientais. Ao longo das investigações, outra parte da diretoria, inclusive o superintendente do Semasa à época, Ângelo Pavin, sugeriu participação do prefeito em ações ilícitas, principalmente no pagamento de fornecedores da autarquia. Em especial, na indicação do advogado Calixto Antônio Júnior para atuar na autorização, mesmo sem ser funcionário público.

Aidan não tem divulgado agenda de campanha para cobertura jornalística do Diário.