O prefeito de Diadema e candidato à reeleição, Mário Reali (PT), se defendeu das acusações sofridas pelos rivais na corrida eleitoral de que teria utilizado a Prefeitura para comprar apoios ao seu projeto de renovar o mandato por mais quatro anos. "Todos partidos que vieram entenderam que nossas propostas são as melhores. Foi questão política."

O tema foi abordado na quinta-feira no debate promovido pelo Diário com os seis prefeituráveis de Diadema. Os oposicionistas questionaram o alto número de siglas no arco de alianças do petista - 15 ao todo.

O DEM foi citado nominalmente no evento. Aliados históricos do PSDB, os democratas optaram por caminhar ao lado do petista Reali. A adesão, formalizada dias antes do início da campanha eleitoral, causou racha no PT de Diadema. A vereadora Irene dos Santos (PT), integrante da corrente Articulação de Esquerda, criticou publicamente o apoio. Durante a convenção municipal que homologou Reali como candidato ao Paço, a aliança voltou a ser contestada.

"Sempre fizemos o debate político para ter o apoio. O PSB mesmo viu que nossas propostas são melhores e, hoje no governo, faz um excelente trabalho na Secretaria de Segurança Alimentar", elogiou o prefeito. Em 2004 e 2008, o PSB caminhou ao lado do ex-deputado José Augusto da Silva Ramos (PSDB) na disputa majoritária, indicando Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), como vice. Hoje, Adelson é o secretário de Segurança Alimentar.

No debate, a crítica mais ácida sobre a organização política de Diadema foi de Vladão Trombini (PCB). O comunista disse que não via diferença em ideologias do PT e DEM. "Os dois têm o mesmo DNA, pregam as mesmas coisas. Por isso não me estranha estarem juntos agora."