Prefeitura firma parceria com empresários para garantir
donativos às 180 instituições que dependem do benefício
Reunião entre representantes de 50 entidades assistenciais e a Prefeitura de Santo Andre, realizada na segunda-feira, no Paço, selou a discussão sobre a queda nas doações ao Banco de Alimentos. O município deu prazo de 15 dias para normalizar a distribuição dos produtos às 180 instituições do município que dependem do benefício para cuidar de crianças, idosos e famílias em situação de risco social.
A informação oficial é de que não haverá paralisação nas atividades. O encontro contou com as explicações da presidente do Fundo Social de Solidariedade e primeira-dama, Denise Ravin.
O problema teve início depois que o convênio com o governo federal, que garantia a compra da maior parte das doações, não foi renovado pela Prefeitura, conforme informação repassada pelo MDS (Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e divulgada pelo Diário na semana passada. Por meio do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), entidades recebiam toneladas de verduras, legumes e frutas semanalmente. Já a distribuição de produtos secos, como arroz, feijão e macarrão não sofreram alterações.
O sistema com doações de empresários se estenderá até que o governo federal libere a adesão ao novo modelo do PAA, prevista para novembro. Enquanto isso, a Prefeitura terá de prestar contas do recurso recebido referente ao antigo convênio, no valor de R$ 1,6 milhão, segundo informação enviada pelo MDS.
Sem os recursos do convênio, a Prefeitura passou a depender exclusivamente de parceiros voluntários, como supermercados e outras empresas. As consequências foram sentidas imediatamente pelas entidades, que manifestaram preocupação com a queda na distribuição e solicitaram informações mais precisas sobre as modificações.
Ontem à tarde, na sede do Banco de Alimentos, localizado na Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), algumas instituições retiraram suas doações normalmente, em menor quantidade.
EXPECTATIVA
As entidades sabem que a parceria com empresários tem prazo limite. Por isso, esperam que em até três meses a situação volte ao normal com a renovação do convênio. "Estamos otimistas. Ninguém ficará sem as doações. Apenas não poderemos retirar por algum tempo a mesma quantidade de antes", explica a presidente da Feasa (Federação das entidades Assistenciais de Santo André), Regina Caldas.
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