Economia Titulo Defesa
Empresas são escolhidas para vender à Boeing

Fabricante norte-americana de aeronaves visitará as sete
candidatas a subfornecedoras selecionadas no Grande ABC

Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
27/10/2011 | 07:30
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Pouco mais de um mês após as 98 empresas do Grande ABC enviarem à Prefeitura de São Bernardo questionários para a seleção de subfornecedores da Boeing Company, sete companhias passaram pela avaliação inicial da fabricante norte-americana.

Na próxima semana, os diretores da fabricante de jatos comerciais e aeronaves militares visitarão as companhias selecionadas com cinco fornecedores internacionais. Foram escolhidas três empresas de São Bernardo, duas de São Caetano, uma de Mauá e uma de Ribeirão Pires.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Jefferson José da Conceição, a Boeing está otimista com a seleção e o anúncio das futuras subfornecedoras acontecerá em novembro. Acompanharão o comitê executivos da fabricante vindos dos Estados Unidos e representantes da GE Aviation, Hamilton, GKM, Eaton Corporation e Parker.

Para o secretário esse foi o primeiro passo para as empresas da região integrarem a cadeia produtiva da Boeing. "Depois das indústrias automotiva e de petróleo e gás, queremos colocar o Grande ABC na indústria de defesa", afirma Conceição. O contato da empresa com a Prefeitura foi um dos desdobramentos do Seminário sobre Indústria de Defesa e Segurança.

O evento organizado pela Prefeitura de São Bernardo, Centro das Indústrias do Estado de São Paulo e a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança mostrou que a região tem capacidade para desenvolver tecnologia de ponta nesse setor. Os nomes das sete empresas selecionadas não foram divulgados, mas elas atuam nos segmentos de aviônica, hidráulica, elétrico, peças usinadas e produção de chapas.

NOVA OPORTUNIDADE - As companhias que não passaram na primeira fase da seleção terão no futuro nova oportunidade de integrar a cadeia de produção da fabricante norte-americana. O secretário de Desenvolvimento explica que os empresários não escolhidos serão comunicados via carta assinada pela Boeing, Ciesp e Prefeitura.

Em breve serão divulgados os requisitos para preenchimento de novo questionário. O plano do Paço é incluir nessa rodada empresas dos setores moveleiro e de plástico para integrar a cadeia da multinacional.

 

SP terá centro de pesquisa de biocombustíveis

As gigantes do setor de aviação Boeing e Embraer anunciaram ontem parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo para desenvolver biocombustíveis para aviação. Os estudos que determinarão a viabilidade do projeto terão duração de nove a 12 meses. A ideia é criar no País uma indústria nesse setor.

De acordo com o presidente da Boeing Internacional, Shephard Hill, o objetivo é criar no País um centro de pesquisas focado no desenvolvimento do combustível "verde" para aviação. A presidente da companhia no Brasil, Donna Hrinak, afirmou que o acordo é importante para o futuro da aviação, que depende da sustentabilidade. "Queremos um produto com o mínimo de impacto ambiental e economicamente viável."

O vice-presidente executivo de engenharia e tecnologia da Embraer, Mauro Kern, disse que as companhias aéreas Azul, Gol, TAM e Trip atuarão como consultoras no projeto. Desde 2005, a brasileira Embraer fabrica a aeronave Ipanema movida a etanol. Esse foi o primeiro avião produzido em série no mundo certificado para voar com biocombustível.

O investimento para a iniciativa não foi divulgado. Segundo Suely Vilela, integrante do conselho superior da Fapesp, as universidades poderão apresentar projetos para serem selecionados. O secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Jefferson da Conceição, sinalizou interesse em dialogar com as empresas sobre incluir as universidades da região no projeto.




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