O candidato do Psol à Prefeitura de Ribeirão Pires, Alberto Ticianelli, propôs ontem o fim da Zona Azul - estacionamento de rua que é pago de acordo com o tempo de permanência do veículo no local. "Sou completamente contra o modelo. Se a intenção é arrecadar dinheiro, é necessário aplicar ações fiscalizadoras em outro local. Um exemplo é a instalação de radar de velocidade na Rodovia Índio Tibiriçá." A via registrou três vezes mais vítimas fatais no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2011, segundo a Polícia Militar Rodoviária.

No entanto, o propósito da Zona Azul é o revezamento de veículos. Mais motoristas podem usufruir das vagas disponíveis, já que há limite de tempo para o carro ficar estacionado. De acordo com a Aciarp (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires), administradora da Zona Azul que não quis revelar o montante arrecadado, atualmente existem 370 vagas na cidade. A previsão é que sejam criados mais 100 espaços.

Mesmo com a previsão de avanço do modelo no município, o socialista afirmou que, se for eleito, fará levantamento junto à sociedade civil e aos vereadores para saber se concordam com a extinção do estacionamento pago. "É preciso conseguir dinheiro, mas não penalizando o bolso da população local."

Para atender a demanda, Ticianelli propõe usufruir de terrenos da administrição municipal que estão desocupados . O motorista estacionaria o carro em um espaço (próximo ao Centro), sem custo, e seguiria a pé para os comércios. O socialista não soube identificar os locais, mas falou em utilizar os estacionamentos de empresas e fábricas que têm débitos com a Prefeitura. "As empresas endividadas emprestariam as áreas à Prefeitura por certo período como forma de compensação. Muitas cidades já fazem isso."

Além disso, entre as propostas do prefeiturável está a redução da tarifa dos ônibus de R$ 2,40 para R$ 1,80. Ticianelli afirmou que a redução é viável se houver um veículo municipal (com custo mínimo para o usuário) destinado a circular entre os bairros que fazem divisa com a região central. "Consequentemente, os ônibus das empresas privadas fariam percurso menor porque não precisariam ir até o Centro, assim o custo do bilhete poderia ser reduzido. O objetivo não é prejudicar as empresas."