Cultura & Lazer Titulo Shows em SP
Gilberto Gil entre cordas, beats e batuques
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
23/08/2012 | 07:28
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Divulgação


Uma coletânea de clássicos, um punhado de cordas e uma máquina que aponta para o futuro, assim chega Gilberto Gil a São Paulo com o show 'Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmo', que cumpre exibição amanhã e sábado no Teatro Alfa depois de apresentações em Salvador, Recife, Belo Horizonte e Brasília.

Com a Orquestra Sinfônica da Bahia e acompanhado também pelo violão de Bem Gil, pelo violoncelo de Jaques Morelenbaum, pelo violino de Nicolas Krassik e pela percussão de Gustavo di Dalva, Gil revive canções como 'Eu Vim da Bahia', 'Futurível', 'Domingo no Parque', 'Expresso 2222' e Panis et Circenses.

Foi quando o filho Bem participou do show 'Gil Luminoso', só à voz e violão, que o projeto começou a se esboçar. Depois chegaram Morelenbaum e os demais músicos e tudo tomou forma. O encontro é entre o passado e o presente, uma ponta de história e um pedaço de hoje.

"Desde a elaboração do roteiro desse concerto procurei junto com os meninos da banda selecionar canções que ficassem bem nesse formato de cordas e percussão", conta Gil. "Cada música pode ser feita de inúmeras maneiras sem perder a beleza e a fascinação. Ensaiamos exaustivamente com e sem as orquestras e tem sido um trabalho muito enriquecedor", completa o artista sobre o trabalho que teve para resgatar e lapidar novamente as suas pepitas.

Enquanto o poderoso time de cordas e a orquestra levam os tons, as percussões e os elementos eletrônicos que di Dalva apresenta em sua ‘máquina de ritmos' abre a ponte entre tempos e gêneros.

"Sempre fui aberto à presença das máquinas de ritmo na música. Em geral e na minha em particular. Acho que, como quase tudo, ela pode ser bem utilizada e mal também", acredita Gil sobre essas interações entre o orgânico e o eletrônico.

SETENTÃO
Comemorando 70 anos ao lado de outros dos maiores nomes da música brasileira - Caetano Veloso e Milton Nascimento -, Gil, que desde 1965, quando fez sua primeira apresentação, tornou-se um dos mais profícuos compositores brasileiros, revela que nem os tempos nem a rotina são capazes de atormentar sua mente criativa.

"Não tenho uma rotina ou um método de composição. Aliás, nunca tive. Tanto posso compor em situação de isolamento como em meio à casa cheia, balbúrdia, na rua, no hotel, na praia. Nunca me impus um mergulho para criar. Crio no meio da vida."

Gilberto Gil - Música. Amanhã, às 21h30; e sábado, às 21h. No Teatro Alfa - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, São Paulo. Tel.: 5693-4000. Ingr.: R$ 100 a R$ 250.




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