Médicos do Hospital Municipal de Diadema prestaram ontem depoimento à CPI da Saúde instaurada na Câmara e um dos profissionais que ainda atuam no maior complexo hospitalar da cidade fez críticas à condução estrutural do prédio inaugurado no início dos anos 1990, no governo de José Augusto da Silva Ramos (PSDB), hoje secretário municipal de Saúde.

O prédio, localizado no bairro Piraporinha, tem dez andares e possui 206 leitos, com registro médio mensal de aproximadamente 1.650 consultas. Desde a inauguração jamais passou por revitalização de grande porte. O prefeito Lauro Michels (PV) já solicitou recursos de R$ 45 milhões para reforma do equipamento, solicitação que segue em estudo no governo federal.

Um dos profissionais ouvidos por integrantes da CPI da Saúde, entretanto, elogiou a estrutura de material à disposição dos médicos no Hospital Municipal, que atende diversos pacientes da Capital e de São Bernardo.

“A reunião foi produtiva. Os médicos responderam os questionamentos. Agora esse material será juntado com os demais depoimentos”, declarou o líder do governo, José Dourado (PSDB), que integra a comissão.

Na próxima semana estão programados mais depoimentos. A expectativa é ouvir profissionais que deixaram de atuar no município. São 88 baixas registradas em Diadema desde que Lauro Michels assumiu o Paço, em 1° de janeiro de 2013, e optou por deixar a Pasta de Saúde aos cuidados de Zé Augusto. A maioria dos pedidos de exoneração dos clínicos foi motivada por desentendimentos com o secretário.