Vereador de oposição, Julinho Fuzari (PPS), de São Bernardo, acionou o Ministério Público e o TCE (Tribunal de Contas do Estado) para investigar se houve irregularidade na importação de uniformes escolares por parte da empresa Capricórnio S/A. Conforme o Diário mostrou no domingo, parte das roupas foi fabricada na China.

O parlamentar desconfia que a empresa tenha cometido dois crimes: evasão de divisas (falta de declaração de impostos referentes à importação) e falsidade material (alteração irregular de documento público). “Não tivemos a CPI dos Uniformes (apresentada por Julinho), mas não podemos deixar de investigar”, defendeu.

O popular-socialista, além de ingressar com ação no MP, pretende levar peças coletadas junto a alunos da rede pública ao Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que tem inquérito civil aberto para investigar se houve fraude nas licitações para fornecimento de uniformes em 2010 e 2014, vencidas pela Capricórnio.

Julinho voltou a defender a saída da secretária de Educação, Cleuza Repulho (PT), ré em ação penal protocolada pelo Gaeco por irregularidades nas concorrências públicas para compra de tênis e mochilas ao sistema municipal – o MP afirma que houve desvio de pelo menos R$ 4 milhões.

“Ela não pode continuar. Tem histórico negativo de Santo André também”, disse o oposicionista, relembrando outra ação a qual Cleuza responde, por improbidade administrativa, pela contratação do Instituto Castanheira quando ela era secretária de Educação no governo de João Avamileno (PT). O MP de Santo André cobra devolução de R$ 48 milhões aos cofres públicos.