Esportes Titulo Oitavas
Bélgica e EUA afiam
discurso contra fracasso

Seleções jogam às 17h, na Arena Fonte Nova,
cercadas de muita expectativa pela classificação

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
01/07/2014 | 07:32
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Estadão Conteúdo


Bélgica e Estados Unidos iniciaram a Copa do Mundo fora dos holofotes das favoritas ou postulantes às primeiras colocações do Mundial. No entanto, as seleções jogam hoje, às 17h, na Arena Fonte Nova, em Salvador, cercadas de muita expectativa pela classificação às quartas de final. Ambas, inclusive, têm discurso semelhante sobre o fiasco que seria ser eliminada nestas oitavas. Assim, prometem grande duelo.

A Bélgica terminou na liderança do Grupo H com nove pontos, ou seja, 100% de aproveitamento, após vitórias sobre Argélia, Rússia e Coreia do Sul. No entanto, os resultados não foram tão convincentes, com triunfos definidos apenas nos minutos finais. Já os Estados Unidos tiveram ainda mais dificuldades para garantir a segunda vaga do Grupo G. Os norte-americanos venceram Gana, empataram com Portugal e, apesar da derrota contra a Alemanha, contaram com combinação de resultados para avançar.

Independentemente das dificuldades para chegarem até esta fase, tanto belgas quanto norte-americanos querem seguir adiante. 

“Acho que está claro para nós: se não nos classificarmos, vai ser um fracasso, porque temos excelente equipe e grande jogadores, que podem nos levar às quartas de final. É um torneio completamente novo que começa. Estamos prontos e queremos chegar às quartas de final fazendo um grande jogo amanhã (hoje)”, afirmou o meia e destaque da Bélgica, Axel Witsel.

“Estamos empolgados por estar nas oitavas, principalmente pelo grupo que temos. Mas não nos sentimos satisfeitos, queremos ir mais adiante. É um desafio, pois a Bélgica tem bons jogadores, mas buscaremos o resultado”, rebateu o capitão e meia-atacante norte-americano, Clint Dempsey. “Estamos famintos por vitórias. Temos de tratar cada jogo como a última oportunidade”, emendou.

Os técnicos Marc Wilmots, da Bélgica, e Jurgen Klinsmann, dos Estados Unidos, terão condições opostas para escalarem seus times. Enquanto os belgas não poderão contar com Vermaelen, lesionado, Vanden Borre, cortado após fraturar a fíbula, e Steven Defour, suspenso, os Estados Unidos terão de volta de seu astro Jozy Altidore, recuperado de lesão muscular na coxa esquerda. 

Marc Wilmots fala em fome de vitória por parte dos belgas

Sem prepotência ou qualquer tipo de modéstia, o técnico belga Marc Wilmots concedeu entrevista coletiva na tarde de ontem, na Arena Fonte Nova, confiante em vitória sobre os Estados Unidos, no duelo de hoje pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Feliz em fazer história pela Bélgica ao alcançar, pela primeira vez, 100% de aproveitamento na primeira fase, o ex-jogador há dois anos e meio comanda a equipe europeia.

“Existe um novo torneio acontecendo, porque não há mais cálculos. São 90 ou 120 minutos por jogo e nosso grupo está com fome de vitória e, certamente, vai querer chegar às quartas de final”, destacou Wilmots. “Esta é a primeira vez que chegamos com nove pontos de nove. (...) Até agora, o torneio se desenhou bem para nós, mas queremos chegar às quartas de final e, posteriormente, até a final. Nunca sabemos o que vai acontecer. Nos últimos dois anos e meio, nos preparamos para este momento, para este torneio”, emendou o comandante belga.

MEMÓRIA FRESCA

O treinador da Bélgica relembrou um fato da Copa de 2002, quando ainda defendia sua seleção. Pelas oitavas de final na Coreia do Sul e no Japão, a equipe fora eliminada pelo Brasil, por 2 a 0, com um gol marcado justamente por Wilmots duvidosamente anulado. Assim, ele falou em torcida para que o jogo transcorra sem interferências da arbitragem.

“Não existe coisa pior do que ser eliminado por uma decisão ruim do árbitro, como em 2002”, disse Wilmots, que pouco depois explicou que tenta não se expor com o homem do apito, que hoje será o argelino Djamel Haimoudi, o qual teve escalação questionada pelo treinador rival Klinsmann por falar francês, uma das língua dos belgas. “Acho que o árbitro não está lá para conversar, mas arbitrar.”

Klinsmann admite respeito, mas nega medo do adversário

Ídolo alemão, fazendo história sob o comando dos Estados Unidos, o técnico Jurgen Klinsmann vê sua equipe com totais condições de seguir adiante nesta Copa do Mundo, passando pela Bélgica nas oitavas de final, em Salvador. 

 “Estamos famintos pelo resultado. Temos respeito, mas não medo da Bélgica. Acredito que será um jogo bastante interessante”, disse o comandante.

O treinador ainda falou sobre o crescimento do interesse dos norte-americanos pelo futebol e vê a responsabilidade da seleção na continuidade deste processo. “Obviamente, os jogadores ficam sabendo por meio das famílias aqui e nos Estados Unidos, e significa muito mesmo para nós. Vemos para onde este esporte está indo nos Estados Unidos. Não tem mais como impedir o crescimento do futebol no país. E a locomotiva deste desenvolvimento é a seleção. Queremos dar entusiasmo a todos”, concluiu. 




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