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Espaço para o
made in Pernambuco

Sessões no Centro Cultural Banco do
Brasil reúnem safra contemporânea de Recife

Luís Felipe Soares
24/06/2014 | 07:14
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Divulgação


A cultura contemporânea de Pernambuco não conta apenas com a explosão do movimento musical mangue beat em Recife. As novas ideias surgidas nos anos 1990 também ecoaram no cinema com o nascimento de uma outra maneira de ser pensar o audiovisual. Longe das superproduções nacionais, o mercado local se preocupou em apresentar densidade e ousadia ao lidar com temas variados de maneira autoral.

Um panorama dessa transformação artística chega a São Paulo a partir de quarta-feira na mostra ''''''''''''''''''''''''''''''''O Novo Cinema Pernambucano'''''''''''''''''''''''''''''''', atração que o Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112. Tel.: 3113-3651) irá receber até dia 10. Algumas sessões em DVD têm entrada franca enquanto exibições em película dos filmes custam entre R$ 2 (meia) e R$ 4.

O acervo montado conta com 16 longas e 13 curtas-metragens, mesclando ficções e documentários. Após passar por Brasília, o evento dá seguimento à sua itinerância pelo País. “Apesar de os filmes sempre terem tido boa recepção do críticos e serem marcantes, eles nunca foram calorosamente abraçados pelo público em geral quanto essas comédias novas que batem 1 milhão de espectadores. Muita gente nem sabe que parte dessa produção existe”, explica a curadora Marina Pessanha.

Um dos títulos que marcam a abertura é ''''''''''''''''''''''''''''''''Baile Perfumado'''''''''''''''''''''''''''''''' (1997), dos diretores Lírio Ferreira e Paulo Caldas e tido como marco inicial desta fase. A sessão está agendada para as 17h30. O dia também contará com exibição do polêmico ''''''''''''''''''''''''''''''''Amarelo Manga'''''''''''''''''''''''''''''''' (2002), do então estreante em longa-metragem Cláudio Assis, a partir das 19h30.

No foco de cineastas como Marcelo Gomes (responsável por ''''''''''''''''''''''''''''''''Cinema, Aspirinas e Urubus''''''''''''''''''''''''''''''''), Gabriel Mascaro (''''''''''''''''''''''''''''''''Doméstica''''''''''''''''''''''''''''''''), Marcelo Lordello (''''''''''''''''''''''''''''''''Eles Voltam''''''''''''''''''''''''''''''''), Kléber Mendonça Filho (''''''''''''''''''''''''''''''''O Som ao Redor'''''''''''''''''''''''''''''''') e Hilton Lacerda (''''''''''''''''''''''''''''''''Tatuagem'''''''''''''''''''''''''''''''') está um olhar sensível em torno de questões da vida urbana – muitas delas ligadas ao cotidiano de Recife. Entre as principais características das produções está o tratamento entre o tradicional e o moderno.

“Acho que essa produção é a mais instigante do Brasil atual. Trata-se de um cinema corajoso, que ousa em ideias e sempre busca experimentações, além de falar de coisas pouco abordadas, caso da classe média brasileira. Tudo tem sido feito com alta qualidade. E é interessante o aspecto de um movimento como esse aparecer fora do eixo Rio-São Paulo”, analisa Marina, ressaltando que a presença de curtas e documentários no evento ajuda a mostrar a evolução do movimento. “Esse novo cinema que vem de Pernambuco não é um ciclo, mas algo permanente.”

A programação completa do ciclo ''''''''''''''''''''''''''''''''O Novo Cinema Pernambucano'''''''''''''''''''''''''''''''' está na página da unidade do CCBB da Capital no site (www.bb.com.br/cultura).




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