Esportes Titulo A Minha Copa
Torci pela Argentina em 2006, confessa Luís
da Redação
23/06/2014 | 14:21
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Fernandes


"Minha Copa do Mundo inesquecível foi a de 2006, realizada na Alemanha. Foi um momento marcante, afinal tive a oportunidade de assistir a todos os jogos, sem exceção. Estava de férias na empresa onde trabalhava como analista fiscal, função que exerço até hoje. Lembro que muitas seleções eram qualificadas, com chances de ser campeã. Não tinha como apontar um favorito antes de a bola começar a rolar.

Apesar de ser brasileiro, nascido em São Bernardo, sempre gostei da Argentina. A garra e o futebol apresentados pelos nossos hermanos fizeram com que eu aprendesse a gostar da equipe. Além do uniforme, que considero o mais bonito dentre todas as seleções. Comecei a torcer por eles na Copa anterior, mas em 2002 foram eliminados ainda na primeira fase, enquanto o Brasil se sagrou campeão.

O jogo mais marcante aconteceu ainda na primeira fase do Mundial. A Argentina, na época, era comandada por José Pékerman, que hoje dirige a Colômbia. O plantel era recheado de bons jogadores como Sorín, Riquelme, Ayala, Tévez, entre outros craques. Golearam a Sérvia por 6 a 0. E nessa partida, o Messi, que era reserva da seleção, fez seu primeiro gol em Copas do Mundo. Na semana passada, quando o vi marcar contra a Bósnia, me veio a lembrança desse Mundial.

Uma das partidas mais emocionantes aconteceu contra o México. Os argentinos venceram por 2 a 1, com gol antológico do Maxi Rodriguez na prorrogação. Esse gol levou a Argentina até as quartas de final. Porém, nem tudo foram flores e acabaram sendo eliminados pela Alemanha, outro jogo muito emocionante. Nesse confronto, passei por situação bem engraçada. Eu assistia à partida sozinho, o jogo foi realizado pela manhã, e sofri muito. Eu xingava os jogadores da Argentina e meus vizinhos, em Diadema, não entendiam o que estava acontecendo, afinal não era jogo do Brasil. Até hoje, acho que a substituição que o Pékerman fez foi errada. Ele sacou o Riquelme e, na sequência, a Alemanha empatou. Isso ficou na história na carreira dele.

Um dos fatos mais marcantes dessa Copa do Mundo foi que eu pude ver, pela última vez, jogadores que até hoje fazem falta em qualquer seleção. Era a despedida de craques como Ronaldo Fenômeno, Zidane e um dos meus maiores ídolos, o Riquelme. O Zidane, inclusive, seria mais uma vez o responsável pelo título da França, mas aquela cabeçada no zagueiro da Itália, o Materazzi, na final, na minha opinião, fez com que o time se desestabilizasse em campo. Foi realmente uma pena."

* Luís Alberto Lomeu da Silva tem 28 anos, nasceu em São Bernardo, mora em Diadema, é analista fiscal e, mesmo brasileiro, torce pela Argentina.




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