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Educação financeira aos pequenos

Quem leu o clássico Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carol, deve se lembrar do momento em que Alice ficou em dúvida sobre duas trilhas a seguir

Do Diário do Grande ABC
11/06/2014 | 08:17
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Artigo

Quem leu o clássico Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carol, deve se lembrar do momento em que Alice ficou em dúvida sobre duas trilhas a seguir. Ao ver que o gato risonho a observava, questionou qual caminho deveria percorrer. O gato retornou a questão: ‘Aonde você quer chegar?’ Alice respondeu: ‘Eu não sei!’ O gato logo concluiu: ‘Então qualquer caminho serve, para quem não sabe aonde quer chegar’.

Decidir aonde se quer chegar é o primeiro passo para a educação financeira. Assim como na fábula de Lewis Carol, na vida real também é preciso tomar decisões e quanto mais cedo estivermos preparados para mudanças de comportamento, será mais fácil compreender a dinâmica do sistema financeiro e diminuir o gargalo da falta de conhecimento financeiro no Brasil.

Projeto de lei que tramita no Congresso Nacional propõe a inclusão oficial da educação financeira no currículo escolar dos ensinos Fundamental e Médio. Mas o grande desafio das instituições de ensino será trabalhar a educação financeira de forma transversal, incluída em diversas disciplinas. Não é possível falar de economia, dinheiro e sustentabilidade sem tratar o impacto que tudo isso causa no nosso dia a dia, especialmente no relacionamento entre pais e filhos.

O ponto de partida é debater frequentemente o assunto em sala de aula, desde a Educação Infantil, e levar o assunto para casa, para ser discutido com os pais. A abordagem deve ser lúdica e significativa para cada faixa etária. Guardar parte da mesada, ajudar na elaboração de lista de supermercado e da escola são iniciativas fundamentais para apresentar o valor real do dinheiro.

Durante a adolescência, a educação financeira deve estar calçada em dois pilares que são as respostas para duas perguntas básicas. Qual é o meu projeto de vida? E o que devo fazer para realizá-lo?

Na primeira questão, é possível perceber o quanto eles podem ser autores da sua própria história. Na segunda, há provocação para que o planejamento se torne o ponto inicial para ações empreendedoras.

Por fim, todo projeto de vida financeiro precisa estar alinhado à vida em sociedade e a independência monetária não deve ser a única meta. A educação financeira está além da matemática financeira e dialoga com os quatro pilares da educação mundial no século 21 (aprender a ser, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a aprender).

Diogo Martins Gonçalves de Morais é professor e coordenador de Matemática e Física do Colégio Termomecanica, da Fundação Salvador Arena.

Palavra do leitor

Gandulas
É certo que a Fifa conseguiu passar por cima de leis e deitou e rolou com exigências aos seus interesses exclusivamente comerciais, todos atendidos pelo governo. Uma dessas comissões, a que trata do trabalho infantil, esbraveja quanto ao trabalho de gandulas com idades entre 13 e 17 anos. Disse a senhora ser ‘absurdo, inadmissível’ o trabalho dessas ‘crianças’. Onde já se viu expô-las ao sol (por 90 minutos), sendo que alguns jogos serão às 13h, e os da noite ficarão até as 23h no estádio e chegarão tarde em casa. Tenha paciência! O que tem de degradante devolver bola por uma hora e meia e ganhar um dinheirinho? Trabalhar na TV pode? Fazer malabarismo e vender balas no semáforo às tardes pode? Aliás, tenho notado que quase não se veem mais ‘crianças’ andando por aí à tarde nem em baladas às 5h. Minha senhora, por favor, dá um tempo!
Nelson Mendes
São Bernardo

Resposta
Em resposta à carta do leitor Sebastião Oliveira (Administradora, dia 8), o Departamento de Engenharia de Tráfego informa que o semáforo localizado na Rua Uruguaiana, e que encontra-se desligado, é de responsabilidade da Prefeitura de Santo André e não da empresa Brooksfield. A região está passando por intervenção viária com a construção de binário e tem como finalidade melhorar a fluidez do tráfego no local. O semáforo, que foi fornecido junto com outros dispositivos pela Brooksfield, em contrapartida da construção do Atrium Shopping, será ativado quando a implantação de sentido único da Rua Uruguaiana for feita, que tem como previsão ainda para este mês.
Prefeitura de Santo André

Nada a comemorar
Infelizmente nós, moradores de São Caetano, cidade tipo primeiro mundo, nada tivemos a comemorar no Dia Mundial do Meio Ambiente. A cidade não tem feito seu dever, pois é dependente de outros municípios para descartar nosso lixo. Em termos de reciclagem, é a menos eficiente do Grande ABC e recicla somente 0,6% do que é coletado. Quanto a campanhas de arborização, inexistem no município e na rede de ensino. Árvores são cortadas e não repostas. Os culpados principais por essa situação são a administração pública e o Legislativo, que nada têm feito para conscientizar e fiscalizar comércio, indústria e população. A Lei Federal dos Resíduos Sólidos, já promulgada, não foi implantada em São Caetano e moradores descartam indevidamente resíduos contaminantes junto com lixo comum. Na cidade não há coleta aos domingos, porém moradores teimam em expor as embalagens de lixo nos passeios públicos nesse dia, para coleta. Não existem no município ecopontos para entrega de móveis e pequenas quantidades de entulho, e os descartes são efetuados em praças, vielas e ruas. Para sermos cidade de primeiro mundo, precisamos de população, governantes e legisladores de primeiro mundo.
Valter Donizeti Melo
São Caetano

Ainda a greve
Mesmo diante da ameaça de outra greve dos metroviários no dia do início da Copa (amanhã), o governador Geraldo Alckmin afirmou que o Metrô estará funcionando normalmente, e que as negociações já estão encerradas com os grevistas, cujo ponto de honra agora é a volta ao trabalho dos 42 metroviários demitidos. Para esses profissionais, segue ditado dos meus tempos de criança: correu de medo e borrou as calças. O governador Alckmin não fará o mesmo, retroagindo na sua decisão de reintegrar os arruaceiros demitidos.
Edgard Gobbi
Campinas (SP)

Neymar
<EM>Pode parecer lugar-comum, porém quando vemos alguns comentaristas de esportes, assim como parte expressiva de brasileiros, responsabilizar Neymar como imprescindível para conquistarmos o hexa, acabamos involuntariamente esquecendo que é o esforço e o engajamento coletivo e todos os profissionais, que trabalham com a mesma responsabilidade, que farão parte de nossas vitórias e derrotas. Não estou tirando o mérito indiscutível de Neymar. Só não podemos esquecer que ele só poderá continuar mantendo sua performance relevante se tiver aquele que o serve, que o lança, dá segurança na defesa e toda a comissão técnica que fizeram dele o nosso Neymar. Não vamos cometer o erro de muitas agremiações em depositar em um ou dois jogadores a força de suas possibilidades e sim no conjunto de nossa obra chamada, segundo nosso anjo pornográfico Nelson Rodrigues, Brasil, a Pátria de chuteiras!
Cecél Garcia
Santo André  




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