O maestro Luiz Fernando Malheiro é o novo diretor artístico do Teatro São Pedro. Ele substitui Emiliano Patarra, no cargo desde 2012. Malheiro é, desde 2001, diretor artístico do Festival Amazonas de Ópera, que atualmente encerra sua décima oitava edição. O São Pedro, pertencente ao governo do Estado, é gerido por uma organização social, o Instituto Pensarte.

A contratação de Malheiro foi confirmada pela Secretaria de Estado da Cultura na tarde deste domingo, 01, em nota na qual se afirma que a programação deste ano será mantida como anunciada anteriormente. "O novo diretor artístico designado pela OS para o São Pedro, Luiz Fernando Malheiro, tem experiência reconhecida para aprofundar o processo de aprimoramento contínuo do Theatro, assim como vem fazendo com competência o maestro Emiliano Patarra", diz a nota.

Segundo fontes ligadas ao teatro, a chegada de Malheiro ao São Pedro deve coincidir com a contratação de Clodoaldo Medina para a direção do Instituto Pensarte. Medina já esteve à frente de instituições como o Festival de Inverno de Campos do Jordão e, nos últimos anos, no Rio, trabalhou com a Orquestra Petrobras Sinfônica e no Teatro Municipal do Rio. A secretaria não se pronunciou a respeito de sua contratação.

Em entrevista à reportagem, o maestro Patarra ressaltou a importância do trabalho realizado e afirmou que pretende "fazer todo o possível para passar a bola o mais redonda possível ao maestro Malheiro". "Instituições são maiores do que as pessoas e o importante é que o São Pedro continue crescendo", disse. Perguntado sobre os motivos que levaram a sua saída, ele disse que apenas o Instituto Pensarte pode se pronunciar, "uma vez que a ideia partiu deles". "A decisão sobre minha saída não é uma notícia que eu receba bem, é claro. Mas o que fizemos nos últimos quatro anos vai ficar. Criamos uma estrutura de trabalho que permite, hoje, que o São Pedro dê voos ainda mais altos. Montamos a partir do zero uma orquestra, o que significa não apenas escolher os músicos mas também fazê-los tocar juntos em uma acústica específica como a do São Pedro. Passamos a produzir nossas próprias montagens, dobrando nossa equipe administrativa. E, com planejamento, criamos temporadas que não apenas afastaram o fantasma dos cancelamentos como começaram a dar uma personalidade ao teatro, o que possibilitou o desenvolvimento de uma nova relação com o público", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.