Economia Titulo Crescimento econômico
Setor automotivo puxa para baixo PIB industrial do País

Economia cresceu 1,9% no trimestre, mas produção de manufaturados encolheu 0,5%

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
31/05/2014 | 07:05
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O setor automotivo foi um dos principais responsáveis pelo resultado negativo do PIB (Produto Interno Bruto) da indústria da transformação no primeiro trimestre. É o que aponta levantamento divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Por esse estudo, a economia brasileira, nos primeiros três meses do ano, na comparação com igual período de 2013, teve resultado fraco (alta de 1,9%), e entre as atividades que ajudaram a manter baixo o desempenho econômico estão a indústria da transformação (a produção de bens manufaturados, como veículos, eletroeletrônicos e móveis) e a construção civil, que tiveram, respectivamente, queda de 0,5% e 0,9% de janeiro a março.

Para o delegado regional do Corecon (Conselho Regional de Economia), Leonel Tinoco, as fabricantes nacionais sofrem com a concorrência externa e com a baixa produtividade, na comparação com outros países, e a área automotiva, que move a economia do Grande ABC, foi muito impactada, entre outros motivos, pela paralisação nas vendas de veículos para a Argentina e também pela retração na demanda interna.

Segundo o coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, o professor Sandro Maskio, outro dado preocupante apontado na pesquisa é a queda de 2,1% na formação bruta de capital fixo (investimentos das empresas) no trimestre. Ele cita que as indústrias brasileiras têm baixa capacidade ociosa e precisariam investir para produzir mais, para que o País não corra o risco de ver a inflação subir mais.

Os especialistas veem motivos de preocupação para o crescimento no restante do ano, por causa da Copa do Mundo e da eleição. “Na Copa, poucos setores serão beneficiados; de forma geral não se espera muito para a atividade do País”, assinala Tinoco. Além disso, ano de eleição é sempre complicado para a confiança do agente econômico, que fica mais cauteloso, esperando definições de política econômica do próximo governante, na avaliação de Maskio. 




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