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Desafio da sucessão nas empresas

Neste mês de maio termina o prazo estipulado pela BM&FBovespa para que as companhias que integram o novo mercado e os níveis um e dois de governança corporativa deixem de acumular em uma única pessoa os cargos de presidente executivo e presidente do conselho de administração

Do Diário do Grande ABC
16/05/2014 | 08:49
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Artigo

Neste mês de maio termina o prazo estipulado pela BM&FBovespa para que as companhias que integram o novo mercado e os níveis um e dois de governança corporativa deixem de acumular em uma única pessoa os cargos de presidente executivo e presidente do conselho de administração. O acúmulo dessas funções representa conflito óbvio. Afinal, cabe ao CEO cuidar da operação da companhia no dia a dia, enquanto do presidente do conselho esperam-se visão estratégica e planejamento do negócio em longo prazo. Apesar disso, boa parte das companhias que abriram capital na última década assumiu os riscos do acúmulo de funções. Em 2009, mudança no regulamento do novo mercado proibiu explicitamente esse acúmulo a partir de 1º de maio de 2014, causando verdadeira corrida por CEOs. O episódio evidenciou a dificuldade das empresas nacionais em planejar a sucessão.

Pesquisa divulgada pela IIC Partners, rede global de executive search, mostra que essa dificuldade não ocorre apenas no Brasil. Foram ouvidos 1.270 executivos de alto escalão no fim de 2013, das Américas, Europa e Pacífico, representando total de 18 diferentes indústrias.

Apenas 19% dos executivos brasileiros e 20% dos estrangeiros entrevistados disseram que a empresa em que atuam tem plano de sucessão e que alguém seria capaz de substituí-los imediatamente após sua partida. No mesmo levantamento, 33% dos brasileiros e 31% dos estrangeiros informaram que alguém poderia substituí-los, mas somente em prazo de 12 meses. Quinze por cento dos líderes empresariais brasileiros entrevistados revelaram que não há plano de sucessão, enquanto esse número é de 26% entre os executivos internacionais.

O levantamento mostrou também que a partida inesperada de executivo sem que haja plano de sucessão pode ter impacto bastante perverso no negócio. Para 38% dos entrevistados, o episódio teria impacto negativo sobre a cultura da companhia. Os dados revelam necessidade imediata de mudança de cultura. A sucessão não pode ser ação isolada. É sustentável para o negócio ter o plano de sucessão na cultura da empresa, não apenas na posição do principal executivo, como também em posições inferiores.

Vemos movimentos positivos de mudança. Algumas empresas, por exemplo, incluíram a sucessão entre as metas da remuneração variável, para convencerem os executivos da importância de preparar seus sucessores. Essas companhias entenderam que saber quem vai comandar a empresa no futuro é parte fundamental da estratégia de negócios.

Denys Monteiro é CEO e associado da Fesa, consultoria especializada em busca e seleção de altos executivos.

Palavra do leitor

Predadores
Problema sério, bem lembrado pelo leitor Nilson Martins Altran (Prédios, dia 12). Nossas administrações precisam preocupar-se, ao menos um pouco, em submeter-se menos à ambição e à ganância dos predadores da construção civil. Tarda a hora de aplicar a lei e punir os responsáveis pela supressão dos índices mínimos de aeração e insolação. Imperícia ou negligência na submissão à voracidade econômica. Tenho pena das vítimas que se iludem com a casa própria e, ao adentrarem nela, se dão conta da prisão em que se meteram. Num clima úmido como o nosso, inaceitáveis essas edificações com aposentos reduzidíssimos e, o que ainda piora, com paredes em blocos e concreto, atrativo de umidade e mofo.
Nevino Antonio Rocco
São Bernardo

Cargos públicos
Ouve-se falar muito em igualdades e dar oportunidades às pessoas competentes. Mas quando se observam os cargos públicos de indicação nas prefeituras do Grande ABC, nota-se parcela insignificante de pessoas negras ou nenhuma. Em cargos indicados de secretários, secretários adjuntos e diretores, funções de indicação relevantes, sem querer menosprezar os demais, não se veem pessoas negras ocupando-os. Prefeitos, não há pessoas negras competentes para assumir cargos de relevância nas prefeituras? Ou, como disse o ministro Joaquim Barbosa, ‘ à medida que as funções vão aumentando em importância o negro vai sumindo’? Quantos negros ocupam cargos de secretários, secretários adjuntos e diretores nas prefeituras do Grande ABC?
Paulo Ricardo Rodrigues Bento
Santo André

Feriado
O Brasil deixará de receber, como resultado industrial, só neste ano, aproximadamente R$ 170 bilhões em razão de feriados. Dá para acreditar que País que aspira por tantas prioridades e em quase todas as áreas possa se dar ao luxo de tamanho rombo financeiro? Quantos problemas teriam performance mais sustentável de ética e respeito, tais como o MST (Movimento dos Sem Terra), trabalhos escravos, assentamento dos indígenas eternos vitimados históricos de injeção de prudência e moral com as áreas de Saúde, Educação e Segurança pública. Estamos já na metade do ano e ainda crianças da rede pública não receberam seus uniformes, e vão para as escolas, verdadeiros barracos e com cadeiras semicorroídas, sem contar a merenda, de baixos nutrientes alimentares. Ou será que todas essas anacrônicas desgraças sociais serão resolvidas com samba e futebol?
Cecél Garcia
Santo André

Teorias
‘A toda ação corresponde uma reação, com a mesma intensidade, mesma direção e sentidos contrários.’ Os protestos contra a Copa nada mais são do que a reação do povo brasileiro contra a ação dos roubos e malversação do dinheiro público praticados por esse governo corrupto.
Roberto Twiaschor
Capital

Protestos, ontem
O País vive momentos de convulsão social, especialmente pelas manifestações de rua e greves de setores essenciais, por melhores salários e qualidade de vida, justas, por sinal. Por que será? Será que o financiamento dos estádios, superfaturados, nos dá a impressão de que já que não falta para estas ‘prioridades’, certamente não faltaria para melhorar os salários, a Saúde, a Educação etc. Será que por financiar obras em outros países, privilegiando empresas que ‘patrocinaram’ campanhas políticas, como portos e estradas, perdoar dívidas de ditaduras cruéis que já nos havia caloteado, nos fizeram imaginar que não faltaria dinheiro para necessidades urgentes no País? Acorda, povo brasileiro.
Luiz Nusbaum
Capital

Xô, fantasmas!
‘Não podemos deixar os fantasmas do passado voltarem’, diz a propaganda do PT. Isso mesmo, ótimo! Então, que se delete depressa o ‘Dilma 2’ ou o ‘Volta Lula’. Chega, já deu! Vamos renovar, abrir as janelas, deixar o ar entrar, tirar o pó, varrer a sujeira, entrar a esperança. Com certeza, assim os fantasmas irão embora. Então teremos o presente e o futuro. Chega do cheiro de mofo que vem da esquerda. Fora o atraso! Xô, fantasmas!
Eliana França Leme
Capital

Improviso
A presidente Dilma Rousseff quando de improviso fala mal da oposição, seus pensamentos saem coerentes e tranquilos. Mas quando perguntada sobre deficiências em seu desgoverno, seus neurônios entram em erupção. Resultado? Ela foi criada para contestar e não para dirigir. Brasileiros, cuidado com seu voto em outubro. Porque a vítima pode continuar sendo vocês!
Beatriz Campos
Capital 




Comentários

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