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Volkswagen diz que lay-off é adequação ao mercado

Montadora confia no crescimento da demanda no País e mantém previsão de investir R$ 10 bi

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
25/04/2014 | 07:07
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Divulgação


A Volkswagen confirmou ontem que utilizará o lay-off, a partir de 5 de maio, para se ajustar ao mercado brasileiro, que apresentou recuo de 1,68% nos emplacamentos de veículos zero-quilômetro no primeiro trimestre.

“A Volkswagen do Brasil, a exemplo de outras montadoras no País, está fazendo uso de ferramentas de flexibilização, previstas nos contratos estabelecidos entre a empresa e os sindicatos de trabalhadores, para adequar-se à demanda atual do mercado. Nesse contexto, implementará a partir do mês de maio programa de lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) para parte dos empregados das fábricas Anchieta (São Bernardo) e São José dos Pinhais (no Paraná)”, informou a montadora, por meio de nota.

Na quarta-feira (23), o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC revelou ao Diário que a empresa pretende colocar na lista, aproximadamente, 900 funcionários. Destacou ainda que a chance é maior para aqueles trabalhadores que possuem restrições médicas.

O lay-off terá duração de cinco meses. Durante esse período, os suspensos terão que realizar curso de qualificação profissional, que ainda não foi definido. Conforme funcionários ouvidos ontem pela equipe do Diário, a montadora iniciou a comunicação, verbal apenas, durante o segundo turno de produção, na quarta-feira, para os metalúrgicos que ficarão em casa.

Os trabalhadores incluídos no lay-off receberão do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) R$ 1.306,63 – valor do teto do seguro-desemprego – mais a complementação da empresa do salário líquido. O sindicato garante que todos voltam ao emprego no fim do período, mas não descarta a possibilidade de nova suspensão.

Mesmo assim, a “Volkswagen reafirma a sua confiança no crescimento do mercado brasileiro e mantém o seu plano de investimentos da ordem de R$ 10 bilhões até 2018 em desenvolvimento de novos produtos e à modernização das fábricas”.

Montadora e sindicato não passaram o número exato de funcionários que entrarão no lay-off. Sobre os 21 demitidos na semana passada, grupo em que alguns dizem ter estabilidade, a entidade não apresentou novo posicionamento ontem e, portanto, continua analisando os casos. Já a empresa não se pronunciou.

PDV
Questionada sobre o número de adesões ao PDV (Programa de Demissão Voluntária), a Mercedes-Benz informou que os números poderão ser divulgados somente após o fim do prazo, em 9 de maio. O sindicato não tinha informações sobre o caso. 




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