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Livros. E a bela ilustração de Ariane

A saga da família Barbaresco: de Luigi e Regina

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
23/04/2014 | 07:00
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A saga da família Barbaresco: de Luigi e Regina. Autor: Waldemar (Barbaresco) Casagrande. Trabalho de genealogia e da história desta família de origem italiana. Obra importante aos familiares, claro, e o segundo livro do autor que se transforma em modelo aos que queiram seguir a receita e levantar dados semelhantes da sua própria família – o livro anterior focaliza a saga da família Casagrande.

Os Luigi e Regina do título do novo livro podem ser apontados como os patriarcas dos Barbaresco.

O livro conduz a aspectos da própria história ítalo-brasileira. Sua idealização levou Casagrande a viajar pela Itália e cidades brasileiras onde os Barbaresco viveram. Verdadeira saga.

“Tivemos o prazer de conhecer pessoalmente a prima Maria, em Roma, em 2001, quando fizemos a primeira viagem para a primeira busca e o encontro dos parentes dos Casagrande e dos Barbaresco. Na realidade, nosso encontro com Maria foi precedido de vários acontecimentos e incidentes em nossa jornada. Havíamos feito um plano preciso para a visita ao Instituto da Imaculada, onde vivia a prima religiosa, porém nosso Deus talvez tivesse outros planos para nós”.

É assim, um livro que conta a história de uma família e mostra como a história foi montada. Fácil de ler. Delicioso. Mesmo que imenso nas suas 342 páginas no formato 21 por 29,5 centímetros.

Vi da Vida. Autora: M. Zélia de Marchi Citeli (Intermeios, 2014 – www.intermeioscultural.com.br). Livro de poemas confessadamente inspirado em Cora Coralina, que tem o seu retrato na publicação. A autora expõe suas lembranças, seus agradecimentos, seu amor à vida.

“Eu sou Maria dos Anjos. Sou Maria Anunciação. Augusta, também da Luz. Sou Maria de Jesus Mariana, Maria Celeste. Do Socorro, Auxiliadora. Sou urbana, sou agreste. Maria Amélia. Todas elas. As Marias que há no mundo. Sou todas, nenhuma delas. Sou Maria, tenho em mim. Um pouco de todas elas...”.

Poemas distribuídos em duas partes. Há espaço para amor, ternura, comédia. Como no caso tragicômico dos penicos. Mazzaropi é lembrado. Os mestres que teve e que tem. De onde vem a inspiração. A crença no Senhor.

Chegamos a Maria Zélia pelas mãos do amigo radialista Antonio Dalto. E anotamos: “Brincava de amarelinha. Céu, inferno, pular corda. Passa anel, esconde–esconde. Não via passar o tempo. Mas quando a hora soava, bastava só uma chamada. Dormia com dor nas pernas. Quem mandou ser ‘avoada’”.

Um livro escrito ao longo do tempo, em várias cidades por esse interior afora e que identifica bem com o passado urbano-rural de todos nós. Nos identificamos com o que M. Zélia escreve. E quem quiser seguir os seus passos, como ela segue os de Coralina, é só acompanhar a sua prosa em forma poética.

A farsa do saco. Autor: Cláudio Feldman (Costelas Felinas; contato: claudiofeldman@uol.com.br). Peça em dois atos. Estreia teatral do autor em livro.

“Indicações do primeiro ato: o cenário compreende uma sala pequeno-burguesa, cortinada, atapetada, com os seguintes móveis: grande sofá, estante com TV, papéis e poucos livros, barzinho de bebidas com telefone rococó sobre o balcão, a indefectível mesa de centro de mármore, além do retrato do poeta Arnóbio Della Torre, já falecido, marido de Saphira. Esta, de 40 anos, veste-se bem, mas Gaspar, seu filho de 16 anos, traja-se de modo relaxado, para mostrar rebeldia e independência jovem. Mãe e filho estão sentados no sofá, quando a cena se inicia. Antes, é bom frisar que, do lado direito (ponto de vista do público), há uma porta”.

Cláudio Feldman, andreense nascido em Bauru, surpreende sempre. O tema não lhe é novo, já que iniciou na escrita produzindo peças teatrais, curtas e cômicas inspiradas em esquetes de rádio. Mas, agora, esta peça de título e ilustração chocantes (será?) se transforma em publicação. Que venham os interessados em encená-la.

HOJE

- Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral

- Dia Mundial do Escoteiro

- Dia Nacional do Choro

- Dia do Clero Indígena

- Dia do Torcedor Corintiano

EM 23 DE ABRIL DE...

1844 – Coronel Joaquim José de Moraes assume o governo da Província de São Paulo.

1939 – Fundado, em Santo André, o Clube Atlético Ipiranguinha.

1974 – São Bernardo e Tokuyama (Japão) assinam declaração conjunta de cidades irmãs, durante solenidade realizada na Câmara de Tokuyama, Província de Yamagushi.

1984 – Descoberto o vírus da Aids nos Estados Unidos.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 22 de abril de 1984 – ano 26, nº 5501

São Bernardo – Prefeito em exercício, Walter Demarchi enviará à Câmara projeto de lei criando o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural.

Meio Ambiente – Governo do Estado quer detectar as doenças da Billings. Há suspeita de casos de esquistossomose. E foi detectado o primeiro caso de leptospirose.

SANTOS DO DIA

- Adalberto de Praga

- Bv. Egídio de Assis

- Jorge. Militar. Sofreu o martírio durante a perseguição de Diocleciano, no ano 303. Feriado no Rio de Janeiro.

* Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC

FALECIMENTOS

VANIR LUIZ PEIXOTO

(Jundiaí 23-12-1938 – São Bernardo 17-4-2014)

O cirurgião-dentista Vanir Peixoto foi um idealista. Amava São Bernardo, terra por adoção de sua família. Amava seu bairro, Nova Petrópolis. Até o fim batalhou para que bairro e cidade se tornassem mais humanos, militando na política partidária – sem fanatismo – na sociedade amigos, na comunidade, enfim.

O conhecemos quando da batalha pela preservação da área verde central das antigas indústrias Matarazzo, em Vila Dusi. A cidade não se sensibilizou e perdeu uma parte substancial, próxima à Rua Jurubatuba. Mas garantiu outra porção, que esgrima, hoje, entre espigões que são erguidos para os céus da antiga Vila.

Em todas as reuniões, concentrações e passeatas, lá estava Vanir, voz equilibrada, posição serena e forte, estimulando, mostrando a importância do verde para a São Bernardo cada vez mais cinzenta.

Há poucos dias ele telefonou. Um convite para uma nova reunião. O estímulo à construção da Memória. De repente, a notícia da sua partida, dada por outro idealista, José Roberto Camargo.

Dr. Vanir parte aos 75 anos. Filho de Pedro Peixoto e Santa Marchesin Peixoto, deixa a mulher, Célia Maria Faiardo Peixoto, os filhos Ângela, Juliana e Gustavo. Velado no Jardim da Colina, seu corpo foi conduzido ao Crematório de Vila Alpina. A missa de 7º dia será celebrada hoje, às 19h30, na igreja Santíssima Virgem, Jardim do Mar.

SANTO ANDRÉ

Biaggio Mantello, 90. Natural de Santa Rita do Passa Quatro (SP). Dia 16. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Generoza Martinelli Ciancaglio, 90. Natural de Jaguari (SP). Dia 20. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

Carmem Garcia da Silva, 88. Natural de Tanabi (SP). Dia 17. Memorial Jardim Santo André.

Severino Vicente da Silva, 88. Natural de Caruaru (PE). Dia 16. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Leonilda Lonigiola Bonadio, 86. Natural de Descalvado (SP). Dia 15. Cemitério Municipal de Mineiros do Tietê (SP).

Jovelina Vieira Santiago, 83. Natural de Jequié (BA). Dia 17. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Rosa Correa Alexandrini, 82. Natural de Paraguaçu Paulista (SP). Dia 16. Cemitério Sagrado Coração de Jesus, Camilópolis.

Pedro Arioka, 82. Natural de Glicério (SP). Dia 20. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

Donata Maria da Silva, 81. Natural de Quijingue (BA). Dia 18. Cemitério municipal de sua cidade natal.

Dativa Maria Mio, 80. Natural de Viçosa (AL). Dia 17. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Durvalino Jordão Dezotti, 80. Natural de Araras (SP). Dia 17. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

SÃO BERNARDO

Delfim Simões, 83. Natural de Portugal. Dia 18. Jardim da Colina.

Shiuiti Shiozaki, 78. Natural de São Bernardo. Dia 14. Cemitério da Paulicéia.

SÃO CAETANO

Rosa Rachid Hamam, 92. Natural de Campos do Jordão (SP). Dia 18. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Filippo Bartolilo, 77. Natural da Itália. Dia 17. Cemitério das Lágrimas.

DIADEMA

Guiomar Cezar, 59. Natural de Piracicaba (SP). Dia 17. Vale da Paz.

MAUÁ

Assunta Tonussi Rodrigues, 86. Natural de Tietê (SP). Dia 19. Cemitério da Saudade, Vila Vitória.

RIBEIRÃO PIRES

José Laize, 93. Natural de Ribeirão Pires. Dia 15. Cemitério São José.

Serviços Funerários: Santo André – 4433-3544; São Bernardo – 4330-4527; Diadema – 4056-1045; Mauá – 4514-7399; Ribeirão Pires – 4828-1436; Rio Grande da Serra – 4820-4353. 




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