Esportes Titulo Séria A-2
Ramalhão renova com três e os cede por empréstimo

Laterais Renato Peixe e Ângelo, além do volante Ramalho prorrogam vínculo e vão para o S.Caetano

Thiago Bassan e Anderson Fattori
17/04/2014 | 07:29
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Celso Luiz/DGABC


 

A impossibilidade de o Santo André disputar torneios importantes até o fim da temporada – jogará a Copa Paulista, a partir de julho, que dá ao campeão vaga na Copa do Brasil – ocasionou situação inusitada no futebol do Grande ABC. A diretoria do Ramalhão propôs a alguns jogadores que estavam no elenco da Série A-2 renovar contrato até abril de 2015, mas incluiu cláusula que os permite sair se tiverem propostas de clubes que disputam o Brasileiro. Assim, os laterais Renato Peixe e Ângelo, além do volante Ramalho renovaram e, horas depois, foram emprestados ao rival São Caetano até dezembro.

Esse é o caminho que devem percorrer outros destaques do Santo André. O meia Cacá também pode renovar o vínculo com o Santo André hoje e seguir para o Anacleto Campanella. A expectativa é que 12 jogadores contratados pelo Santo André nesta temporada sejam mantidos e emprestados – não necessariamente ao vizinho.

O presidente do Ramalhão, Jairo Livólis, porém, evita usar o termo parceria. “Estamos propondo a renovação do contrato e liberando os jogadores para disputar o Brasileiro pelos clubes das Séries A, B, C ou D, já que seria impossível mantê-los aqui por conta do lado financeiro. Os atletas escolheram atuar pelo São Caetano, não houve interferência do Santo André”, explicou Jairo.

Identificado com a torcida do Ramalhão, principalmente por ter sido revelado na categoria de base do clube, o volante Ramalho espera que a mudança seja entendida pelos torcedores. “Vivi situação parecida quando troquei o Goiás pelo Atlético-GO. Torcedor fica bravo mesmo, mas sou profissional e sempre vou honrar a camisa que jogo. Espero que tanto os torcedores do Santo André como os do São Caetano entendam a minha situação.”

Já o lateral-esquerdo Renato Peixe vai se tornar o único jogador a trabalhar nos três principais clubes do Grande ABC da atualidade, já que acumula passagem pelo São Bernardo. “Fico feliz de marcar meu nome nessas três equipes, tenho certeza que muitos jogadores queriam estar na minha situação”, exaltou.

Embora a palavra ‘parceria’ não esteja de acordo com o que ocorreu com os dois clubes, o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, recorre aos primórdios do Azulão para explicar o bom relacionamento que os clubes possuem há décadas.

Na fundação do São Caetano, o Santo André foi muito importante ao emprestar vários jogadores. E a gente retribuiu emprestando o Adaõzinho (autor do gol que deu ao Ramalhão o acesso à elite do Estadual em 2001). Não existe rivalidade. Tínhamos interesse no Vilson Tadei antes mesmo do início da Série A-2. Logo que acabou o campeonato, falei com o Jairo (Livólis) e ele disse que não haveria problema”, explicou o mandatário.

A chegada dos três jogadores que estavam no Ramalhão, segundo o presidente, se deu pela necessidade do elenco e voltou a enfatizar o fato de não existir nenhum acordo entre os clubes. “Não existe parceria. Nada é de graça. Vamos pagar o salário destes atletas. Precisávamos de um lateral-direito, de um volante de peso para atuar ao lado do Moradei (recuperado de lesão) e um ala-esquerdo, já que o Janílson saiu. E se o Santo André precisar, poderemos ceder jogadores que não serão aproveitados na Série C”, comprometeu-se.

 




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