Economia Titulo Preços
Alimentos levam inflação de março a 0,92%
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
10/04/2014 | 07:57
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Marina Brandão/DGABC


A inflação de março atingiu 0,92%. Os alimentos, desta vez, tiveram grande contribuição para o encarecimento da cesta de consumo dos brasileiros. O grupo dos itens alimentícios teve alta média de preços de 1,92%, contra 0,56% em fevereiro. Com isso, contribuiu com 0,47 ponto percentual positivo da variação geral. Também foi o maior resultado para o mês desde 2003, quando o registro foi de 1,23%.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou ontem o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O indicador apresenta a variação média dos valores das despesas das famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos, ou seja, de R$ 724 a R$ 28.960.
A variação de março ficou acima das expectativas do mercado financeiro. Segundo o boletim Focus, do BC (Banco Central), os especialistas que contribuem para a produção do documento projetavam alta de 0,84% para o IPCA.
Em 12 meses, a inflação atingiu 6,15%, contra 6,59% de março de 2013. O resultado é o maior desde julho, quando estava em 6,27%. O grupo alimentação e bebidas também teve a maior influência neste resultado. Com a maior representatividade do indicador, praticamente um quarto do peso, o grupo apresentou alta de 7,14%.
Economista chefe da Gradual Investimento, André Perfeito avaliou que o clima tem muita responsabilidade no resultado da inflação de março. “A questão climática se configura como um choque relevante e fez estragos no grupo alimentação que dificilmente serão compensados pelas quedas de outros itens livres”, considerou, por meio de nota.
Dentro do IPCA, em média, a alimentação dentro do domicílio representa 16%, e encareceu 2,43%, e fora da casa, 8,5%, com alta média de 0,96%.
PRODUTOS
O engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto, contou que a batata inglesa, em março, por causa da seca, teve a maior inflação mensal entre os alimentos, com 35,05%. Em fevereiro, o caminho era totalmente o oposto, com queda média de preços de 9%.
Ele explica que o produto leva esse nome porque foi amplamente cultivado pelos ingleses na época da descoberta das Américas, área de onde teve origem e foi importada pelo Reino Unido.
Também com impactos da seca e da falta de chuvas, o tomate aparece em seguida, com alta de 32,85%, contra acréscimo de 10,70% em fevereiro. O feijão-carioca foi o terceiro alimento com alta expressiva, com 11,81%. No mês anterior, houve queda de 4,45%. Em 12 meses, como o tomate, acumula queda de 30%. 




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