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A preservação da água depende de todos

As grandes transformações climáticas globais trazem, também ao Brasil, novos e complexos desafios na gestão da água e nos seus múltiplos usos, especialmente no setor elétrico e no abastecimento público

Do Diário do Grande ABC
22/03/2014 | 09:21
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Artigo

As grandes transformações climáticas globais trazem, também ao Brasil, novos e complexos desafios na gestão da água e nos seus múltiplos usos, especialmente no setor elétrico e no abastecimento público. O Dia Mundial da Água, criado há 22 anos pela ONU (Organização das Nações Unidas) como forma de conscientização, chama hoje a atenção dos povos para a importância da preservação desse bem para a garantia das próximas gerações.

A água é essencial à vida, mas essa frase bastante conhecida parece não ser compreendida em toda a sua abrangência e profundidade. É preciso cuidar da água. E entre os mais importantes e eficientes recursos que se dispõem para esse cuidado, estão o planejamento urbano e a conscientização da sociedade. Para viver, estudar e trabalhar, as pessoas têm optado por morar nas grandes cidades onde, supostamente, encontram melhores condições e acabam se espalhando por áreas de proteção ambiental, florestal ou de manancial, nas quais, normalmente não há infraestrutura de saneamento, comprometendo a qualidade da água disponível.

O Estado de São Paulo concentra, na macrometrópole paulista, 16% da população brasileira ou 75% dos habitantes do Estado (em 2035, estima-se que essa população será de 37 milhões de pessoas, número comparável a dez vezes a população do Uruguai). Esse território de 52 mil KM² é responsável por 83% do PIB paulista e tem recebido atenção especial do governo do Estado. Formada por 180 municípios, essa área abrange as quatro regiões metropolitanas paulistas – São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba e Litoral Norte, além dos conglomerados urbanos de Piracicaba, Jundiaí e Sorocaba.

O desenvolvimento econômico deve estar sempre vinculado a gestão integrada do uso e ocupação do solo e da infraestrutura urbana, pois disso depende a qualidade da água dos mananciais. Além disso, o comprometimento da qualidade dessa água interfere diretamente no custo do tratamento para o abastecimento público.

O futuro dos mananciais urbanos depende fundamentalmente das ações voltadas para o controle da poluição ambiental, mediante o envolvimento do poder público e população.

O desafio para garantir o abastecimento depende, portanto, da participação de todos, com destaque para a educação ambiental, que tem a missão de promover a conscientização de toda a sociedade, estimulando as pessoas a adquirir novos hábitos, como, por exemplo, adotar utilização da água de forma racional, como prática cotidiana para que a preservação desse precioso bem possa estar assegurada.

João Paulo Tavares Papa é diretor de Tecnologia, Empreendimento e Meio Ambiente da Sabesp.

Palavra do leitor

Desmandos
Moro na Rua Haiti, Parque das Nações, em Santo André. Na semana passada, a AES Eletropaulo em poucos minutos trucidou com a árvore da calçada, inclusive quebrando telhas do muro. Deixou apenas um toco. Os sabiás que moravam lá foram embora. À AES Eletropaulo e à sua política de sustentabilidade, é preciso treinar o pessoal que trabalha na poda de árvores; contratar alguém da área para acompanhar as podas (preferencialmente engenheiro ambiental); e fazer estudo prévio. Não quero mais esse bando na porta de minha casa, com suas motosserras, desfazendo aquilo que cuidamos com tanto carinho. O departamento de parques e áreas verdes da Prefeitura de Santo André deveria estar mais atento a estes desmandos da AES Eletropaulo. Aos vereadores, por que não legislar sobre a importância e a recuperação das áreas verdes e coibir energicamente as ações depredadoras?
Aparecido Faria
Santo André

Enganadores?
O pré-candidato a deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, presidente do São Bernardo FC e auxiliar não remunerado do prefeito Luiz Marinho, afirma que a população cansou dos ‘políticos enganadores’. Apesar de não ter a menor intenção em entrar em dividida com o empresário, na minha humilde opinião ele não é tão sério como prega, assim como não é diferente de muitos políticos da cidade. Se fosse, respeitaria a lei e não ‘sujaria’ a minha querida cidade com faixas anunciando eventos de seu time de futebol, assim como fazem os ‘enganadores’. Ao qualificar de ‘políticos enganadores’, ele incluiu em sua lista o nome da petista Ana do Carmo? Se não consta, qual dos três deputados, Alex, Ana ou Morando, trouxe mais resultados positivos para São Bernardo? Eu até arriscaria a dar a mão à palmatória caso alguém provar que foi a petista.
Marcelo Sarti
São Bernardo

Engano?
Lula e o marqueteiro João Santana devem ser responsabilizados por propagar informações incompletas com parecer ‘técnico e eleitoralmente falho’ a respeito das qualidades de Dilma. Onde está o Conar, que proíbe propagandas enganosas? E parte dos eleitores votou enganada. Que não repitam em outubro este descalabro!
Tânia Tavares
Capital

Urnas 2014
Os brasileiros estão muito preocupados com as urnas eletrônicas, pois outros países não a aprovaram. Por que México e Estados Unidos não se preocuparam em copiar o processo O hackers queriam o desafio do TSE para invadir o sistema e o juiz Ricardo Lewandowski falou que ‘não’, depois de o desafiarem. É muito suspeito! Devemos fazer campanha e dizer ‘não’ às urnas eletrônicas. E já começando neste ano, já que Dilma está fazendo o diabo para ser reeleita, e o Lula quer nos enfiar goela abaixo o seu novo apadrinhado Alexandre Padilha, que mora em Santarém e nem sequer conhece São Paulo. Já chega!
Nilzete Oliveira
São Caetano

Resposta
Em resposta à carta da leitora Nádia Cavalcanti (Pancadão, dia 19), a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Segurança Urbana Comunitária, informa que vem realizando operações conjuntas com as forças de Segurança da cidade a fim de acabar com os chamados ‘pancadões’ em vários pontos do município. Outras operações já estão planejadas para acontecer no Jardim Santo André.
Prefeitura de Santo André

Dia Mundial da Água
Hoje, quando comemora-se o Dia Mundial da Água, o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 9 milhões na Grande São Paulo, atingiu o nível de 14,6% da capacidade de operação, o mais baixo desde o início das atividades em 1974. A cidade de Ribeirão Preto, distante 315 quilômetros de São Paulo, é abastecida pelo Aquífero Guarani (Opinião, dia 19), enorme manancial de água potável que ocupa área subterrânea de 1,2 milhão de metros quadrados, 70% em território brasileiro. Por que o governo do Estado não investe no sentido de trazer água de lá para abastecer não só a Capital, mas outros municípios da região? Será que considera esse investimento inviável?
Edgard Gobbi
Campinas (SP)
 




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