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Copom: os trabalhadores têm de ser ouvidos

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) realizou em fevereiro a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic

Do Diário do Grande ABC
11/03/2014 | 08:12
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Artigo

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) realizou em fevereiro a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. A decisão saiu conforme o esperado, a taxa subiu 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. Mais uma vez o Banco Central cedeu às pressões das instituições financeiras e dos especuladores.

Segundo se informa, o mercado financeiro prevê para este ano taxa de 11,25%, e de 12% em 2015. No ano passado, depois de centenas de artigos de analistas ligados ao mercado financeiro prevendo o caos econômico, o Copom elevou a Selic em 2,75% – em janeiro, a taxa subiu 0,5 ponto percentual e ficou em 10,5%. Elevação da Selic prejudica a classe trabalhadora, principalmente quem ganha menos, e só serve ao capital especulativo

Para a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a política de elevação das taxas de juros, além de não contribuir para controlar os índices inflacionários, prejudica o desenvolvimento sustentável do País, gerador de emprego e renda, reduz o mercado interno e encarece o crédito. Só o sistema financeiro ganha com isso. Quanto maior o spread, ou seja, a diferença entre o que os bancos pagam na captação dos recursos – que pode ser referenciado na taxa básica de juros (10,5%) –, e o que eles efetivamente cobram ao emprestar o dinheiro, maior o lucro dos especuladores. E quem mais ganha são os investidores externos porque, em seus países, o spread é baixo. E quem mais perde são os trabalhadores, em especial os que ganham menos. Junto com os juros sobem todos os preços das mercadorias e serviços, derrubando o poder de compra da classe trabalhadora.

A CUT não quer inflação nem juros altos. A CUT quer que os trabalhadores tenham poder aquisitivo para investir na qualidade de vida. O crescimento é fundamental, desde que garanta benefícios para todas as regiões do País, estimule o desenvolvimento da indústria, da agricultura familiar e do setor de serviços, gerando mais emprego e mais renda.

É por tudo isso que a CUT entende que o Copom não pode ser formado apenas por economistas do Ministério da Fazenda e outras instâncias do governo. Defendemos a participação da sociedade civil organizada – trabalhadores e empresários – para que o Copom não tome decisões influenciadas apenas pelo mercado financeiro e, sim, por toda a sociedade. A prioridade da política monetária tem de ser o povo e não os especuladores.

O Brasil está aprendendo a conviver com a democracia e os trabalhadores têm muito para contribuir.

Vagner Freitas é presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Palavra do leitor

CNBB
Na Quarta-feira de Cinzas, foi lançada na sede da CNBB, em Brasília, a Campanha da Fraternidade, cujo tema é Fraternidade e Tráfico Humano. A abertura oficial contou com a presença de personalidades da sociedade civil e do governo, com destaque para o ministro da Justiça, que declarou que o governo se une à CNBB na luta contra o tráfico de pessoas. O papa mandou mensagem, lida na abertura, afirmando que não é possível ficar impassível, ante o fato de seres humanos serem tratados como mercadoria. Portanto, a fala do ministro é hipócrita, em vista da situação dos médicos cubanos, que não recebem o mesmo valor pago aos outros integrantes do programa, suas famílias ficaram em Cuba, como reféns, não têm liberdade para falar, se locomover e são vigiadas, de perto, por representantes de seu país, verdadeiros capitães do mato! Tendo em vista a observação do papa ao dizer que quem ofende a dignidade humana do outro é porque antes vendeu a sua, gostaríamos de saber o que a CNBB tem a declarar sobre a situação desses médicos ou CNBB seria conivente?
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

De 80 na fila?
Pegando gancho na carta do leitor Vanderlei A. Retondo (Maldade, dia 9), sobre a maldade cometida pelo INSS com os aposentados, relato cena que me deixou revoltado, no dia 6, no banco Santander, agência Carmo, em Santo André. Havia uma senhora, de não menos de 80 anos, doente, aguardando ser chamada para a comprovação de vida exigida pela Previdência, para recebimento do benefício, portando tubo de oxigênio, durante cerca de 20 minutos, ou mais. Primeiro, o absurdo de se exigir sua presença no banco. Segundo, o absurdo de não ser atendida prioritariamente, estando defronte ao caixa.
José Bueno Lima
Santo André

Lucro das teles
Apesar do mau serviço prestado à população, empresas de telecomunicações conseguem obter bons lucros, que repassam às suas matrizes. Tal detalhe não chega a ser escandaloso e nem irregular , uma vez que, de alguma forma, investiram seus capitais aqui no País. O que é profundamente escandaloso é o governo, que nada investe neste País, enviar seus lucros (impostos) para suas ‘subsidiárias’ no Exterior. Isso sim é irregular e, acima de tudo, criminoso.
João Roberto Gullino
Petrópolis (RJ)

Vivo
Comprei aparelho celular na Vivo no dia 16 de dezembro e até este momento não o recebi. A operadora informa que efetuou duas entregas em meu endereço. Contudo, nenhuma das pessoas que receberam o produto é parente ou conhecida. São quase quatro meses e a Vivo simplesmente me manda esperar. É abuso! A Anatel também é indiferente à reclamação, o protocolo é aberto no site da entidade, contudo não há acompanhamento. A operadora simplesmente fecha sem sequer saber se o problema fora resolvido ou não.
Jackson H. de Campos Dias
Santo André

Lobistas
É pública e notória a ação de lobistas nas mais diversas esferas governamentais brasileiras visando beneficiar grandes empresas ou outras entidades. No Brasil essa atividade não é formalmente permitida, no entanto, a ilegalidade os favorece na aprovação dos mais diversos produtos, serviços e obras, que em sua maioria não possui necessidade ou é prejudicial à saúde, como no caso de venenos, agrotóxicos e outros insumos proibidos até na China e liberados no Brasil. A legalização da atividade dos lobistas permitiria transparência e uma melhor divulgação da guerra de interesses travada em Brasília, pois em última instância está em jogo a saúde da população brasileira.
Daniel Marques
Virginópolis (MG)

Barulhentos
Os moradores do condomínio Grand Park, no Parque Erasmo Assunção, em Santo André, estão tendo que conviver com barulhos constantes provocados por movimentação de entulho na unidade do Semasa na Rua Betânia. Inclusive em feriados e aos domingos. O pior é que quem causa são os mesmos que fiscalizam o barulho na nossa cidade. Já reclamamos e continuam do mesmo jeito. Estamos acionando as autoridades, mas, por enquanto, estamos à mercê. Durma com um barulho desse!
Marcio Gomes Lopes
Santo André
 




Comentários

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