"Olá meu amigo, olá minha amiga." Quando o bordão do candidato a prefeito de Mauá Diniz Lopes (PR) é proferido os comerciantes da cidade já se preparam para alguma peripécia do republicano. Ontem, em caminhada pela Avenida Dom José Gaspar, o prefeiturável atacou de cabeleireiro: fez chapinha em uma assessora e lavou o cabelo de uma mulher em salões de beleza distintos.

"Amanhã vou apanhar da minha mulher, mas tudo bem", pesou Diniz, enquanto alisava os fios de uma de suas assistentes. A chapinha malfeita lhe rendeu nota zero do proprietário do estabelecimento. "Como cabeleireiro é um bom político", comparou o comerciante.

A reprovação deixou Diniz insatisfeito. Adiante, em outro salão, tentou se redimir apelando para tarefa mais simples. Na lavagem de cabelo, ganhou nota oito. Ele justificou as ações inusitadas como uma homenagem a "uma das profissões que mais têm na cidade".

O prefeiturável ainda arriscou passos de bolero na Associação dos Aposentados e Pensionistas de Mauá, presidida por Wilson Carlos de Campos, o Xoxa, que foi chefe de Gabinete do governo do ex-prefeito Leonel Damo (PMDB), pai da candidata Vanessa Damo (PMDB).

Em frente à Santa Casa de Misericórdia, prometeu que, se eleito, abrirá o hospital para atender todos os mauaenses via SUS (Sistema Único de Saúde), a exemplo do que fez quando foi prefeito interino em 2005. Na época, a Prefeitura custeou consultas em parceria com o governo federal até atingir o valor cobrado a convênios particulares, criando alternativa rentável à Santa Casa e desafogando o Hospital de Clínicas Radamés Nardini.