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Moradores do pós-balsa pedem acesso à Imigrantes

Manifestantes chegaram a fechar rodovia por meia hora e paralisar embarcação

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
01/03/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Manifestantes fecharam ontem a Rodovia dos Imigrantes, na altura do km 34, para reivindicar melhorias nos acessos à região do pós-balsa, em São Bernardo. O protesto ocorreu por volta de 16h na pista sentido Litoral e durou cerca de meia hora. Mais tarde, os moradores dos bairros Tatetos, Taquacetuba e núcleo Santa Cruz também impediram a circulação da Balsa João Basso.

Entre as principais exigências do grupo estava a reabertura do acesso da Estrada do Rio Acima à Rodovia dos Imigrantes. “Há alguns anos, a passagem era permitida. Mas como essa estrada (Rio Acima) não era asfaltada, a alegação do Estado para fechar o acesso era de que os carros daqui sujariam a rodovia de terra”, lembra a autônoma Nalva Galdino, 53 anos. Atualmente, a via já é pavimentada.

Sem essa alternativa, os moradores têm apenas duas maneiras de chegar à região. Além da balsa, os motoristas costumam utilizar um acesso clandestino para a Imigrantes pela Estrada do Capivari – essa, sim, de terra. O caminho, percorrido na tarde de ontem pela equipe do Diário, tem pouco menos de seis quilômetros.

O trajeto, feito em aproximadamente 15 minutos, é dificultado por curvas sinuosas e buracos. A via não é iluminada e, segundo a população do bairro, há risco de assalto à noite.

A balsa também esteve na pauta dos manifestantes, que cobravam a disponibilização de mais uma embarcação para fazer a travessia aquática sobre a Represa Billings. No fim do ano passado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu que até fevereiro o trecho contaria com mais um veículo, o que não aconteceu. Na semana passada, a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) afirmou que ainda estão sendo feitos estudos técnicos, que só deverão ser finalizados em abril. Neste ano, o serviço foi terceirizado e passou a ser operado pela DFF – cuja atividade também é alvo de críticas.

“Trabalho em Santo André e chego a demorar duas horas e meia para chegar ao serviço. Em fins de semana ou feriados, a espera chega a quase quatro horas”, relata a corretora de imóveis Maria Lúcia Moreira dos Anjos, 41. Para evitar a balsa, alguns moradores optam por fazer o caminho contrário pela Estrada do Capivari. No entanto, como a via só tem ligação com a Pista Norte – sentido Capital, é necessário pagar o pedágio de R$ 21,20 e fazer o retorno a cerca de dez quilômetros da praça de cobrança.




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