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Greve dos Correios: conta que não fecha

O Brasil é o País que mais arrecada impostos no mundo, mas a população sofre com a precariedade dos serviços públicos

Do Diário do Grande ABC
27/02/2014 | 08:22
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Artigo

O Brasil é o País que mais arrecada impostos no mundo, mas a população sofre com a precariedade dos serviços públicos, que são monopólio e deixam seus únicos e principais clientes, o cidadão e as organizações, sem opções. É o caso dos Correios, serviço essencial previsto na legislação e considerado de boa qualidade, mas que, atualmente, está em greve parcial por melhorias nas condições de trabalho e outras reivindicações, prejudicando milhões de brasileiros.

De acordo com a presidência dos Correios, 5.000 carteiros estão sem trabalhar, mas o sindicato da categoria diz que, no total, 60 mil estão parados. Apesar da boa qualidade dos Correios, o cidadão, cliente e usuário, principal valor para a organização, se vê tolhido, sem prévio aviso, de serviço essencial, sendo que é ele que mantém a instituição. O governo, que arrecada e administra os recursos vindos de impostos, deveria ser responsável pela qualidade e continuidade do serviço, mas não o faz por falhas do sistema e de gestão na administração destes recursos.

Os profissionais contratados por instituições e empresas públicas são agraciados, se comparados com os trabalhadores ‘normais’, já que têm segurança no emprego, mesmo sendo CLTs; recebem excelentes benefícios se comparados com a realidade nacional; possuem regalias, como permissão para ausências ao trabalho, e outros. E quando não prestam o serviço da maneira adequada, quem sofre é a população, que paga por isso.

Quando a greve acontece, os funcionários continuam recebendo salários diretos e indiretos, na maioria das vezes, fato que estimula a paralisação. O funcionário público recebe tratamento superior, ‘nivelado por cima’, em relação aos trabalhadores ‘normais’, e desrespeita os cidadãos e organizações, seus clientes, quando paralisam sem prévio aviso, ‘nivelando por baixo’ o serviço prestado.

De outro lado, a Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho deveriam zelar pelo cumprimento das obrigações, tanto em relação às empresas como aos funcionários dos Correios e seus representantes legais. As ações dessas instituições, quando ocorrem, são lentas, burocráticas e não punitivas, o que estimula a prática continuada de ações similares. O cidadão cliente, aquele que paga a conta, não recebe o serviço correspondente. Os demais responsáveis pela garantia da prestação do serviço não fazem a sua parte. Assim, a conta não fecha e quem a paga, para continuar sofrendo, é o cidadão e as organizações brasileiras, que não têm sequer a certeza de que simples correspondência familiar ou comercial chegará ao seu destino final.

Heli Gonçalves Moreira é fundador e sócio-diretor da HGM Consultores, especialista em conflitos coletivos, negociador patronal e perito na administração e solução de conflitos trabalhistas.

Palavra do leitor

Copa – 1
Muito se ouve sobre a Copa do Mundo e que no País faltam hospitais, escolas, aeroportos, os transportes são precários e outras coisas mais. Também tem as manifestações. Por que essas manifestações não começaram em 2007, quando o Brasil foi oficializado País sede? Agora é tarde. Vai acontecer e pronto! Doa a quem doer. Mas ainda dá tempo de fazer alguma coisa. Vocês podem não acreditar, mas o lucro esperado são alguns bilhões de dólares e ninguém investe como o País investiu para não ganhar nada. Então, comecem a se manifestar para fazer com que os lucros virem hospitais, escolas, transporte público com preço justo etc. Com problemas ou não, vou torcer pelo meu País. Inclusive para ser o campeão na Copa. Vai, Brasil!
Edson Roberto Peleteiro
Santo André

Copa – 2
As verbas financeiras destinadas para construção e reconstrução de estádios para a Copa do Mundo dariam para construir dezenas de hospitais, escolas e creches! Os portos de Santos e Paranaguá, no Paraná, estão abarrotados e estradas e rodovias do Litoral, paradas. E o governo financia construção de porto em Cuba? São mais de 5.000 quilômetros de litoral na costa brasileira e apenas – apenas – dois portos para exportação! Acorda, Brasil!
Kiyoshi Ikeda
Santo André

Parque
Frequento regularmente o Parque Celso Daniel, em Santo André, observo a reforma que está sendo feita e aguardo ansiosa pelas melhorias que virão. Ocorre, porém, que observo que as plantas que estão sendo colocadas são praticamente as mesmas de sempre. Por que a ausência de arbustos ou árvores que deem flores, como azaleias, quaresmeiras, manacás-da-serra e tantas que poderiam florescer em épocas distintas, fazendo com que sempre possamos ter a alegria de ver o parque colorido? Já pensou em alguns flamboaiãs repletos de flores? Quem vai à Europa percebe que qualquer pedacinho de terra ostenta flores maravilhosas, como a compensar os meses de inverno em que nada viceja. Poderíamos seguir esse exemplo e aproveitar melhor o espaço que temos e o nosso clima.
Clélia Maria Capuzzo Bisordi
Santo André

Mau caminho
Será que um dia consigo entrar na política para desviar dinheiro, enganar, não trabalhar mais e não pagar impostos abusivos? A lição já aprendi: não vi, não estou sabendo e não conheço.
Breno Reginaldo Silva
Santo André

Torcidas
As torcidas do São Bernardo Futebol Clube e São Paulo Futebol Clube deram exemplo de como se pode torcer sem brigas e vandalismo. Há muito tempo eu não via num campo de futebol alegria tão grande. Senhores, senhoras, jovens e crianças torcendo todo o jogo, lado a lado, com 12.840 torcedores (dia 20). Depois de tanta briga e mortes, que esse exemplo estimule o retorno da paz nos estádios em todo o Brasil. Parabéns!
Augusto Toldo
São Bernardo

Quem sabe?
Quem dera todos os integrantes da nossa importante Polícia Militar do Estado de São Paulo, e das demais polícias, seguissem o exemplo de união e organização do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na busca de grande mudança na administração do Estado mais importante da Nação. Ou, quem sabe, para o bem de tantas outras pessoas, seja viabilizada a ‘aliança’ entre militar e médico importante, com o principal objetivo de consolidar a tão sonhada democracia? Quem sabe? Vamos aguardar.
Antônia Liberalino Bitú
São Bernardo
 




Comentários

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