Na base da garra, emoção e superação a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei manteve ontem vivo o sonho pelo bicampeonato olímpico ao bater a Rússia por 3 sets a 2 (24/26, 25/22, 19/25, 25/22, 21/19), na Earls Court, em Londres.

E para alcançar a semifinal - encara o Japão, amanhã, às 15h30 -, as comandadas de José Roberto Guimarães contaram com o apoio da torcida para salvar seis match points, igualar, virar e vencer a partida, colocando ponto final a qualquer dúvida de que pudessem vencer as russas, algozes nos Jogos de Atenas (2004) e em dois Mundiais (2006 e 2010).

"No Brasil, sempre colocam o estigma de que a gente nunca consegue ganhar da Rússia. Acabou. Foi importante a presença dos torcedores, o jeito como se comportaram. Precisávamos de um pouco mais de tranquilidade, e deu tudo certo", disse o treinador.

As russas levaram a melhor no primeiro set. Na segunda parcial, o Brasil voltou mais ligado e igualou. Na terceira, resposta das adversárias, que passaram na frente. Mas quando parecia que as adversárias estavam próximas de fechar o jogo, as brasileiras responderam. Sob o grito de "o campeão voltou" vindo da torcida, levaram o jogo ao tie-break.

No quinto e decisivo set, não faltou emoção. As adversárias assumiram a dianteira no fim e tiveram seis chances para ganhar o jogo. Porém, comandada por Sheilla (27 pontos) e Thaísa (24), a Seleção fechou em 21 a 19 - Shashkova (28) foi a maior pontuadora.

"Estamos a apenas um jogo da final", exaltou a líbero Fabi. "Temos de comemorar essa vitória. Amanhã (hoje) nós vamos pensar no Japão", concluiu Sheilla.

Renovados, homens encaram a Argentina

Com a segunda melhor campanha do Grupo B da primeira fase dos Jogos Olímpicos, a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei inicia a segunda parte da caminhada em busca do ouro hoje, às 10h, na Earls Court, contra a Argentina, pelas quartas de final.

A derrota por 3 sets a 0 para os Estados Unidos serviu de alerta ao time, que se revigorou no triunfo sobre a Alemanha, pelo mesmo placar, utilizando os 12 jogadores convocados, inclusive o ponta e capitão Giba.

"A camisa brasileira sempre pesou bastante na hora decisiva. Espero que possamos fazer bons jogos daqui para frente. Temos de ganhar todas a partir de agora para levarmos a medalha de ouro", exaltou o central Lucão. "A partir de agora o Brasil chega em melhores condições, mas ainda não na ideal. Mas chegamos bem. É importante que todos têm feito muito bem o seu papel", destacou o técnico Bernardinho.