Casa em ordem, família devidamente conciliada e preparada para novo desafio. Depois de a Ferroviária vir ao Bruno Daniel e aplicar 5 a 1 no até então invicto Santo André, a equipe do Grande ABC acertou os ponteiros e tenta provar que não há resquício de problemas no duelo de hoje, às 19h, contra o Grêmio Barueri, na Arena Barueri. A um ponto do G-4 – zona que a equipe deixou pela primeira vez em cinco rodadas –, o Ramalhão quer voltar a figurar entre os líderes da Série A-2 estadual.

Depois de três dias buscando justificativas para tamanha goleada sofrida, o técnico Roberto Fonseca chegou a uma conclusão. “Faltou concentração. É algo que temos de saber que é preciso em qualquer partida. De repente relaxa um pouco e sente dificuldade. Nas partidas anteriores, sempre estivemos muito concentrados e perdemos um pouco do foco, tomamos gols fáceis e a arbitragem deu dó: nosso segundo gol (anulado) foi normal e o pênalti foi um metro e meio fora da área. Então, foram muitos erros, nossos e da arbitragem, e deu no que deu.”

Porém, segundo o próprio Fonseca, não fossem os equívocos o Ramalhão poderia ter saído com outro resultado, sobretudo pelo poder de reação que demonstrou após o intervalo, quando perdia por 3 a 0. “Dá ânimo saber que se acertarmos podemos reverter a situação”, disse o treinador.

Na opinião do volante Marcinho Guerreiro, o duelo de hoje servirá para superar o revés para a Ferrinha e somar os pontos perdidos em casa. “Será um outro jogo, para recuperar o que não fizemos no sábado. Nada deu certo, mas bola para frente. É pensar só no Barueri”, disse o meia defensivo.

Júnior Paulista, Alisson e Élvis devem ser as novidades do time ramalhino.

Paulista de Jundiaí tenta levar Élvis, mas diretoria barra

A reserva, para muitos, pode significar desprestígio ou um passo atrás dos escolhidos para integrar os titulares. Mas não para Élvis. Mesmo iniciando a Série A-2 na suplência, uma situação mostrou que o meia está prestigiado dentro e fora do Ramalhão: o Paulista de Jundiaí, da Série A-1, fez proposta para levar o experiente jogador, 34 anos, mas a diretoria andreense barrou.

“Recebi proposta para o restante da A-1, passei para o presidente (Jairo Livólis), conversamos e ele disse que não me liberaria porque conta comigo, que sou importante ao grupo, à torcida”, contou Élvis, que agradeceu pelo prestígio. “Estou feliz. Mostra que mesmo começando na reserva o trabalho está sendo benfeito.”