Política Titulo Na gestão Aidan
Craisa procura arrecadação das festas juninas de Aidan

Na oitiva à CPI, superintendente alega que recursos de 2012 não entraram nos cofres

Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
08/02/2014 | 07:31
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Orlando Filho/DGABC


 Em depoimento ontem à CPI da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o superintendente da autarquia, Hélio Tomaz Rocha (PT), indicou eventuais desvios de recursos públicos na arrecadação das festas juninas durante o governo Aidan Ravin (PSB, 2009-2012). No último ano da gestão do adversário, em 2012, segundo o dirigente, “não há qualquer registro de entrada” de verba no erário proveniente do evento.

Na relação listada por Rocha, as arrecadações de 2009 e 2010 foram de R$ 130,1 mil e R$ 265 mil, respectivamente, referentes à licença das barracas. Por outro lado, em 2011, houve queda drástica nos valores em caixa: R$ 12,6 mil, relativos ao aluguel de quatro barracas, o que não chega a 5% do exercício anterior. Em 2012 não foi registrada receita.

A organização era feita em conjunto entre a Prefeitura, envolvendo diversas secretarias, como a de Cultura, no arranjo de shows, enquanto que a Craisa ficava responsável pela seleção de comerciantes dos alimentos nas barracas e seleção de empresa do parque de diversões.

Conforme relatado pelo superintendente, a Craisa disponibilizou por edital, em 2011, até 66 barracas, além da exploração do parque que custava, em média, R$ 20 mil. Diante do chamamento público, o valor averiguado pela direção pode chegar a R$ 260 mil desviados. “Tenho parâmetros para dizer que houve mais barracas (do que o número de quatro contido no relatório de 2011). Quando tem desvio do erário, a função do gestor público é fazer denúncia aos órgãos de controle.”

Por nota, Aidan justificou que, em relação à verba questionada de 2011, a apuração tem de ser feita aos gestores da autarquia à época. Na oportunidade, era Laerte Satolo. “Sempre frisei pela legitimidade das ações e orientei a realizar tudo de forma legal e transparente.” Ao citar 2012, o socialista afirmou que a atual direção “não sabe sequer analisar auditoria”. “Obviamente essa receita não entrou nos cofres não por desvios como querem conotar, mas simplesmente porque inovamos e publicamos edital único para a festividade.”

 

RETOMADA

Esse depoimento surge depois de nove meses da primeira oitiva – a CPI teve os trabalhos travados na Justiça. Ontem também houve oitiva do presidente da Aeceasa (Associação das Empresas da Ceasa do Grande ABC), João Batista de Lima, que em depoimento anterior criticou apadrinhamento político no direcionamento das concessões de boxes da autarquia. Mas suas declarações foram invalidadas por problemas na montagem dos integrantes da CPI. Ontem, Lima adotou discurso mais ameno, frisando a regularidade do edital dos 57 módulos.




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