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Ponte Preta afunda ainda mais o Timão

Macaca faz 2 a 1 no Moisés Lucarelli, e adversário vê crise aumentar; torcida voltar a protestar

Carlos Tadeu
03/02/2014 | 07:30
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Da AE



Ainda abalado pela invasão de torcedores ao CT Joaquim Grava no sábado, o Corinthians viu a crise aumentar com a derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta, ontem à tarde, em Campinas, pela quinta rodada do Campeonato Paulista. Os corintianos que estiveram no Moisés Lucarelli voltaram a prostestar ao fim da partida. O time de Mano Menezes é apenas o quarto colocado do Grupo B, com seis pontos. A Macaca também soma seis e ocupa o terceiro lugar do C.

Os jogadores do Corinthians entraram em campo desatentos e sofreram gol logo aos três minutos. Adrianinho deu bom passe na esquerda, no espaço deixado pelo estreante Fágner. Ademir recebeu e cruzou, Alemão apareceu livre na área e bateu cruzado, no canto direito de Walter.

O time do estreante Vadão seguia melhor, com muita liberdade para chegar ao ataque. Magal chutou de fora da área e Walter espalmou.

O Timão melhorou a partir dos 15 minutos. Emerson e Guilherme tentaram em chutes de fora da área, mas erraram o alvo. Porém, o sistema defensivo corintiano continuava dando espaços e quase sofreu o segundo aos 26, em chute de longe de Ferrugem.

Mesmo apresentando falhas e com pouca inspiração, o Corinthians chegou ao empate aos 32. Depois de cruzamento da direita, Uendel surgiu na área como elemento surpresa para colocar, de cabeça, no ângulo esquerdo de Roberto: 1 a 1. Foi o primeiro gol de Uendel pelo Timão, exatamente contra o ex-clube.

A Ponte Preta se abateu com a igualdade e quase levou a virada minutos depois. Após cobrança de falta, Emerson, que não marca um gol desde julho, desviou de cabeça, mas Roberto fez grande defesa.

O roteiro se repetiu no início do segundo tempo. O Corinthians entrou em campo dormindo e sofreu o segundo gol, novamente aos três minutos. O lateral-direito Ferrugem apareceu como atacante na entrada da área, recebeu de Alemão, driblou Gil com facilidade e não desperdiçou na cara de Walter.

Guerrero teve duas oportunidades para empatar aos oito minutos, mas parou em grandes intervenções de Roberto. Depois foi só. O Timão não conseguiu se impor para ao menos igualar. A Macaca também não criou mais chance de gol.

No fim, para piorar a situação corintiana, os zagueiros Gil e Paulo André mostraram nervosismo e foram expulsos.

Torcedores ameaçam os jogadores

Assim que o árbitro Marcelo Rogério apitou o fim da partida em Campinas, integrantes das torcidas organizadas do Corinthians que estiveram no estádio, começaram a hostilizar os jogadores que saíam de campo. Um dos mais xingados foi o atacante Alexandre Pato, que entrou no segundo tempo no lugar de Guerrero. O presidente Mário Gobbi também foi alvo dos torcedores, que gritavam: “Ou joga por amor ou joga por terror.”

O único atleta que falou ao deixar o gramado foi o volante Ralf. Mesmo assim, passou rapidamente pelos jornalistas, de forma bem objetiva. “É difícil falar neste momento. Devemos continuar trabalhando.”

O técnico Mano Menezes fez questão de ressaltar que a culpa pela derrota para a Ponte Preta não foi apenas devido à invasão dos torcedores no CT Joaquim Grava, mas deixou claro que o acontecimento atrapalhou muito os jogadores, que não realizaram o último treino para o confronto.

“Não foi só isso, mas não fizemos preparação adequada para o jogo. Pelo o que aconteceu, a comissão técnica, os jogadores e o presidente (Mário Gobbi) não queriam atuar hoje (ontem). Mas nós acabamos entendendo que deveríamos jogar. Fomos bem no primeiro tempo, empatamos, mas sofremos o segundo gol no início da etapa final e acabou nos complicando. Quando não se está bem, tudo dá certo para o adversário”, comentou Mano Menezes. CT




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