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S.Caetano reforma cinco bicas e três poços artesianos

Sistemas de oferta de água foram instalados a partir de 1992 e receberão melhorias técnicas

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
28/01/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


 Cinco bicas e três poços artesianos de São Caetano passarão por reforma a partir de março. Os tradicionais sistemas de oferta de água potável da cidade, instalados a partir de 1992, serão adequados à população da terceira idade e também receberão melhorias técnicas, como instalação de miniETAs (Estações de Tratamento de Água) para garantir a qualidade do recurso ofertado.

Os investimentos somam R$ 450 mil e a expectativa é que as obras durem cerca de três meses, período em que os espaços permanecerão fechados à população. De acordo com o chefe da divisão técnica do DAE (Departamento de Água e Esgoto), Osmar Silva Filho, as intervenções contemplam melhorias hidráulicas e visuais. “Nas bicas, vamos instalar economizadores de água e adequar a altura da plataforma que serve de base para os galões”, diz.

Serão reformadas as bicas Ceará (no bairro Fundação), Conde de Porto Alegre (bairro Santa Maria), Capivari e Juruá (bairro Mauá) e Ivaí (bairro Santa Maria). A melhoria seguirá o padrão dos equipamentos que já passaram por manutenção há três anos: Clóvis Bevilácqua (bairro Cerâmica), Pelegrino Bernardo (bairro Olímpico), Sebastião Diogo (bairro Boa Vista), Bica da Paz (bairro Mauá), Líbero Badaró (Jardim São Caetano) e Estrada das Lágrimas (bairro São José).

Já nos poços artesianos, a reforma prevê instalação de pequenas ETAs para assegurar que a água que é encaminhada para as bicas esteja livre de componentes como ferro e flúor. Passarão por melhoria três dos oito equipamentos existentes: Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Luiz Olinto Tortorello (bairro Cerâmica), Clube Águias de Nova Gerty e Parque Botânico (bairro Mauá). “Esses poços foram perfurados na década de 1990 e necessitam de reforma natural a cada seis anos para assegurar a qualidade”, destaca Filho.

A tradição do uso das bicas pela população pode ser comprovada pelo consumo contabilizado mensalmente pelo DAE. São consumidos 469 mil litros de água potável por mês nos 11 espaços da cidade. As mais utilizadas são as bicas Clóvis Bevilácqua, com 150 mil litros por mês, e a Conde de Porto Alegre (92 mil litros). A procura é menor, no entanto, nos equipamentos Juruá (10 mil litros) e Capivari (12 mil litros).

O chefe da divisão técnica do DAE destaca ainda que a água fornecida pelas bicas passa diariamente por análise. “Temos um contrato contínuo que garante a manutenção preventiva e também limpeza dos espaços uma vez por semana”, diz. Segundo ele, em casos de alterações nas amostras, a bica fica fechada para manutenção.

Uso é motivado por economia e confiança na qualidade

Além da economia, por não precisar comprar água potável de procedência nem sempre conhecida, a cultura de recorrer às bicas para buscar água para beber se deve ainda à confiança da população no serviço ofertado. Em visita à cidade na manhã de ontem, a equipe do Diário pôde constatar junto aos usuários que a água fornecida nas bicas abastece desde residências até pequenas empresas.

Na bica Conde de Porto Alegre, por exemplo, a necessidade de intervenção é evidente. Das quatro torneiras disponibilizadas, apenas três funcionam, sendo que uma delas fica gotejando. O local ainda apresenta pichações e ladrilhos sujos. A principal reclamação, no entanto, é a respeito da vala que separa a calçada das torneiras e dificulta o acesso, principalmente por parte dos idosos.

“Tinha até solicitado junto à Prefeitura uma reforma, que bom que isso vai acontecer. Vai valer a pena esse tempo de obras”, destaca o comerciário aposentado Livingstone Dias, 73 anos. O morador de residência localizada em frente à bica há seis anos utiliza o equipamento de duas a três vezes por semana.

Para o contador Hélio Vieira, 41, a possibilidade de não ter de disponibilizar parte de seu orçamento para a compra de água é a principal vantagem das bicas. A cada 15 dias ele vai até o equipamento mais próximo de sua casa, no bairro Boa Vista, para encher seu galão com cinco litros de capacidade. “É uma água de qualidade. Foi a melhor coisa que já fizeram”, garante.

Quem não é da cidade também usufrui da água potável gratuita. Caso do empresário Rafael Flausino, 29. Com sede de sua empresa instalada na divisa de Santo André e São Caetano, ele aproveita a proximidade para economizar. “Somos poucos funcionários, então dois galões de 15 litros duram uns 15 dias.”




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